Já são 15 os ex-ministros do governo da presidente afastada Dilma Rousseff que solicitaram à Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP) o direito à quarentena e obtiveram o auxílio. Os beneficiários poderão receber o mesmo salário do cargo que ocupavam por até seis meses, sem trabalhar.
Entre eles estão nomes próximos de Dilma, como o ex-ministro do Gabinete Pessoal da Presidência Jaques Wagner, o ex-ministro da Educação Aloizio Mercadante e o ex-advogado geral da União (AGU) José Eduardo Cardozo, que atualmente defende a presidente afastda na comissão do impeachment.
Reportagem publicada nesta terça-feira (05) pelo jornal O Globo revela ainda que, além dos ex-ministros, mais quatro ex-dirigentes de empresas estatais obtiveram o direito à quarentena. Entre eles o ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine, o ex-presidente dos Correios Giovanni Queiroz, e o ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, que admitiu ter recebido propina em delação premiada a investigadores da Operação Lava Jato.
Ainda de acordo com O Globo, a lista de funcionários exonerados que pediram quarentena é grande e não para de crescer. Até a última reunião extraordinária da Comissão de Ética, na semana passada, já haviam sido enviados 165 pedidos de quarentena: 46 benefícios foram autorizados, 78 recusados e outros 41 serão julgados.
Entre os ex-ministros de Dilma contemplados, além de Wagner, Mercadante e Cardozo, estão Aldo Rebelo, da Defesa; Miguel Rossetto, do Trabalho e Previdência Social; Valdir Simão, do Planejamento; Tereza Campello, do Desenvolvimento Social; Izabella Teixeira, do Meio Ambiente; Nelson Barbosa, da Fazenda; Ricardo Berzoini, da Secretaria de Governo; Carlos Gabas, da Aviação Civil; Luís Inácio Adams, da AGU; Eliseu Padilha, da Aviação Civil; Eleonora Menicucci, das Políticas para as Mulheres; e Luiz Navarro, da Controladoria-Geral da União (CGU) – nomeado às vésperas do afastamento da presidente petista. Vale lembrar que o salário de cada ministro corresponde a R$ 30,9 mil por mês.