O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi intimado para depor como testemunha de defesa de Alexandre Paes dos Santos, lobista preso e denunciado por envolvimento em um suposto esquema de compra de medidas provisórias no governo federal. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de São Paulo nesta terça-feira (5/1).
A ação analisa o esquema de lobby e pagamento de propinas para viabilizar medidas provisórias que fossem favoráveis a empresas do setor automotivo com benefícios fiscais. A reportagem destaca que Lula era presidente quando duas destas medidas provisórias (MP 471/2009 e MP 512/2010) foram editadas. Além delas, os investigadores suspeitam que uma terceira norma, a MP 627/2013, com assinatura de Dilma Rousseff, tenha favorecido o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, um dos filhos do ex-presidente. A LFT Marketing Esportivo, empresa de Luís Cláudio, recebeu R$ 2,5 milhões de uma das empresas denunciadas.
Além do petista, outras 11 pessoas foram tiveram a convocação autorizada pelo juiz que conduz o caso investigado na operação Zelotes, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília. Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, é um dos 16 acusados pelo Ministério Público Federal e responde pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, extorsão e lavagem de dinheiro. Entre os arrolados para depor estão, ainda, o ex-ministro e ex-chefe de gabinete de Lula Gilberto Carvalho e o atual secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Henriques Oliveira.
Ainda segundo o Estadão, o Instituto Lula afirmou que o ex-presidente não comentaria a intimação. Gilberto Carvalho afirmou que “não recebeu nenhum comunicado oficial e que, quando chamado, poderá se pronunciar”. Dyogo Oliveira não respondeu aos contatos da reportagem.
Para ler a matéria completa, clique aqui.