PSDB – PE

Desemprego nas regiões metropolitanas chega ao seu pior resultado desde 2009

00desempregoA crise econômica enfrentada pelo Brasil teve graves impactos na vida do trabalhador em 2015. Ao mesmo tempo em que nas seis maiores regiões metropolitanas do país a taxa média de desemprego atingiu 6,8 pontos percentuais, pior resultado desde 2009, a renda média do brasileiro ficou em R$ 2.265,09, um recuo de 3,7% em relação a 2014.

Foi a primeira vez desde 2004 que o brasileiro via sua renda média cair de um ano para outro. Os dados foram divulgados pelos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME), nesta quinta-feira (28), e publicados emmatéria da Folha de São Paulo.

O deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT) classificou a piora na vida do trabalhador evidenciada pelo IBGE como “resultado de um governo pífio”. Para o parlamentar, todos os reflexos da má gestão petista acabam sendo reproduzidos na geração de novos empregos no país.

“A indústria está desacelerada e a sociedade e o investidor, totalmente descrentes. Quando param de investir, param de gerar emprego, uma coisa fatalmente puxa a outra. A corda arrebenta do lado mais fraco, que é justamente no emprego”, avaliou.

Em relação ao número total de pessoas ocupadas no Brasil, houve queda de 23,7 milhões em 2014 para 23,3 milhões em 2015, o que representa um recuo de 1,6% entre os dois anos, a maior retração já vista na série histórica do IBGE. Ouvido pela reportagem da Folha, o economista Tiago Cabral, do Instituto de Economia da Fundação Getúlio Vargas, creditou parte da deterioração no mercado de trabalho ao fim do ciclo de crescimento baseado no consumo das famílias, estratégia usada pelo governo petista.

“As políticas do governo de incentivo ao consumo endividaram demais as famílias. São 59 milhões de consumidores inadimplentes. Agora, com aumento de juros, esses consumidores cortaram gastos e afetaram a indústria”, constatou.

A queda no rendimento médio das famílias fez com que mais pessoas, entre elas jovens, idosos e donas de casa que estavam afastados do mercado de trabalho, procurassem empregos em 2015, o que aumentou ainda mais a fila de pessoas sem uma ocupação. Na média, foram 1,7 milhão de pessoas procuraram empregos no ano passado, uma alta de 42,5%.

“Há pouco tempo atrás se preocupava muito em buscar cursos de qualificação, profissionalização, porque o Brasil estava crescendo e precisava de pessoas capacitadas. Hoje, nós estamos vendo muita gente com curso superior, bem formado, que está na fila do desemprego. Isso está aumentando cada vez mais justamente porque o governo, quando não cumpre o seu papel, também deixa de criar oportunidades. O principal papel de um governo é criar oportunidades, não criar programas para o desempregado”, destacou Nilson Leitão.

A pesquisa Mensal de Emprego analisa a conjuntura do mercado de trabalho nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Porto Alegre.

Ver mais