Em discurso na abertura de seu ‘Conselhão’, na semana passada, a presidente Dilma Rousseff (PT) voltou a defender entre as medidas necessárias para garantir o equilíbrio fiscal, a volta da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), considerada por ela “fundamental para o país sair mais rápido da crise”.
A petista também pediu a aprovação da prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) e a tributação sobre juros de capital próprio e ganhos de capital.
Para o presidente do Instituto Teotonio Vilela (ITV), instância Pernambuco, o ex-governador Joaquim Francisco, a insistência da petista em defender a volta do imposto tem um único propósito: o de tapar buraco do seu governo.
O tucano compara a forma como a presidente Dilma conduz o país com um automóvel que carrega o farol da frente na ré: “O carro anda para a frente, mas a visão é do passado, antiga, e não se conserta nada desse jeito”.
“A presidente Dilma não está pensando em CPMF para reduzir a dívida pública, ela pensa no imposto para tapar buraco, aí é que o problema. A presidente não apresenta um programa que passa pela resolução do problema da previdência, que sirva para controlar o tamanho do Estado, ela não reconhece que seu governo está gastando 12% por ano a mais do que arrecada, não reconhece que está enfrentando uma recessão e aumento de inflação e se apega num item só: a volta da CPMF. A presidente está na seguinte situação: ela pegou o automóvel e colocou o farol da frente na ré. Então o carro anda para a frente mas a visão é a do passado, antiga, e não se conserta nada desse jeito”, alertou o ex-governador em entrevista a rádio Folha de Pernambuco.