O problema é extremamente grave e vem se agravando nos últimos anos. Com o emprego e a economia naufragando, é evidente que a questão da segurança só vai piorar
O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) lamentou a ausência do problema da segurança pública na mensagem da presidente Dilma Rousseff ao Congresso Nacional, lida nesta terça-feira (2) no plenário da Câmara. Lembrou o tucano, em pronunciamento na sessão desta quarta (3), que além de “extremamente grave”, a violência que castiga principalmente as capitais da Região Nordeste, tem se agravado em função dos problemas econômicos e suas consequências como os altos índices de desemprego.
“É evidente que a crise econômica em que o PT nos colocou tem uma imensa responsabilidade na questão da segurança pública. Se somarmos os que estão na atividade informal e os que dependem de programas sociais, a gente chega a mais de 40% da população economicamente ativa que não está trabalhando. Nós, do Nordeste, somos quem mais sofremos com esse problema. As capitais nordestinas apresentam índices de pessoas mortas com armas de fogo equivalentes a regiões do planeta que estão em guerra civil. E a presidente da República simplesmente nada faz sobre isso”, cobrou Daniel.
O Brasil é o país com o maior número de cidades entre as mais violentas do mundo em 2015, de acordo com um ranking internacional publicado em 25 de janeiro por uma ONG mexicana. Das cidades brasileiras, a primeira a aparecer foi Fortaleza (CE), em 12º lugar; seguida de Natal (RN) em 13º; Salvador (BA) e região metropolitana em 14º, e João Pessoa (PB) em 16º.
“O problema é extremamente grave e vem se agravando nos últimos anos. Com o emprego e a economia naufragando, é evidente que a questão da segurança só vai piorar. Acrescida a falta de uma política pública para as drogas é evidente que estamos sofrendo muito.Que fique aqui o grito do Parlamento para que a Presidência da República entenda que a questão da segurança pública é de responsabilidade federal e precisa ser enfrentada. A população do Nordeste grita por socorro porque quer tranquilidade para continuar caminhando nas ruas”.