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Economistas projetam aumento do desemprego até 2017

850_400_desemprego-no-brasilAs crises econômica e social instaladas no país e a falta de perspectiva de uma medida concreta do governo Dilma para a retomada do crescimento tem levado um número crescente de consultorias e instituições financeiras a projetar avanços na taxa de desemprego – não apenas este ano, mas também em 2017.

De acordo com matéria do jornal Valor Econômico desta segunda-feira (15), a dinâmica de contratações e demissões, diretamente ligada à do Produto Interno Bruto (PIB), explica parte do cenário, influenciado pela defasagem entre a reação dos indicadores de atividade e a retração do mercado de trabalho de cerca de dois trimestres.

Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, a tendência da alta do desemprego só começaria a ceder em 2018 diante de uma retomada prevista apenas para o próximo ano. A taxa média apurada pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), conforme cálculos da MCM Consultores, sairá dos atuais 6,9% para 10,1% neste ano e para 10,8% em 2017.

Para Sarah Bretones, economista da instituição ouvida pelo Valor, o corte de vagas deve ser mais intenso em 2016 devido ao desempenho da atividade. Segundo ela, as quedas de 3,7% e de 2,8% esperadas para o PIB em 2015 e 2016 conduziriam a ocupação à maior retração da série da pesquisa (2,5%). Já em 2017, a ocupação cederia 0,3%.

Com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que deve substituir a PME como indicador oficial a partir de março, Bruno Campos – economista da LCA Consultores ouvido também pelo jornal – calcula que a taxa média de desemprego passará de 8,6% para 11,7% neste ano e subirá a 13% em 2017.

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