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Nordeste lidera em número de endividados no país

No Nordeste, o aumento no número de inadimplentes foi de 6,86%, seguido por Sul (4,77%), CentroOeste (4,59%) e Norte (3,71%).
No Nordeste, o aumento no número de inadimplentes foi de 6,86%, seguido por Sul (4,77%), CentroOeste (4,59%) e Norte (3,71%).

O ano de 2016 começou com um número maior de brasileiros endividados e o nordestino lidera o crescimento da taxa no País. Levantamento divulgado nesta terça-feira (16) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que o contingente de consumidores com as contas atrasadas aumentou em todas as regiões pesquisadas na comparação de janeiro deste ano com igual período de 2015.

No Nordeste, o aumento no número de inadimplentes foi de 6,86%, seguido por Sul (4,77%), CentroOeste (4,59%) e Norte (3,71%). “O Nordeste está sofrendo mais com a crise porque vinha de um período de abundância na última década e agora sente mais a desaceleração da economia.

No setor de bancos  é onde está a maior participação (41,93%) das dívidas em atraso no Nordeste. Em seguida aparecem comércio (21,48%) e comunicação (telefonia, internet e TV por assinatura) com 10,42%.

Na abertura por segmentos econômicos, a inadimplência nas contas de água e luz foi mais alta em duas das quatro regiões estudadas, com aumentos de 17,01% no Sul e de 13,30% no Centro-Oeste em janeiro de 2016 ante igual mês de 2015.

“Esse fato demonstra que o aperto financeiro já impactou a capacidade de pagamento até mesmo das contas do dia a dia”, avalia a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

Já nas demais regiões, o aumento mais intenso se deu nas contas de telefone, TV por assinatura e internet, com avanços de 12,39% no Nordeste e 9,89% no Norte, segundo a instituição.

A projeção do SPC Brasil é que 2016 registre aumento da inadimplência. Além da piora das condições macroeconômicas e da elevação da taxa de desemprego, outros fatores também devem pesar para o atraso nas contas. “A aceleração da inflação tem feito com que o planejamento financeiro dos consumidores fique prejudicado, já que há perda constante do poder de compra. Além disso, a escalada nas taxas de juros encarece as parcelas das compras realizadas a prazo e dos financiamentos, dificultando assim o pagamento em dia dos compromissos financeiros”, afirma Marcela.

 

*Informações do Jornal do Commercio/Recife

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