A aprovação do projeto de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que desobriga a Petrobras de ser a operadora única no pré- sal e de deter no mínimo 30% de cada consórcio, prevê a atração de US$ 420 bilhões em novos projetos até 2030, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro ( Firjan). O projeto foi aprovado no Senado e, para valer, depende da provação da Câmara e da sanção presidencial.
Especialistas do setor ouvidos pelo jornal O Globo afirmaram que o projeto permitirá que a Petrobras possa escolher como, quando e onde planeja investir, e ainda destravará o processo licitatório para exploração de petróleo em áreas profundas. Além de atrair novos investimentos, a mudança traria retornos socioeconômicos de mais US$ 390 bilhões até 2030, segundo a Firjan.
As estimativas foram feitas com base nos atuais de 56 bilhões de barris de petróleo a serem explorados no pré- sal. O retorno socioeconômico equivale a participações governamentais, incluindo bônus de assinatura, royalties e recursos provenientes da comercialização do óleo excedente para União.
O Instituto Brasileiro de Petróleo ( IBP) previu que as mudanças podem chegar a curto prazo. Se o projeto do senador José Serra for aprovado na Câmara e sancionado pela presidente Dilma, possibilitará investimentos de US$ 120 bilhões, considerando o desenvolvimento de reservas já descobertas em blocos do pré- sal com potencial estimado de 10 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo.
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