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“Até o impeachment ser aceito no Congresso, essa é uma briga muito popular”, diz representante de movimentos sociais

Foto-4-George-GianniBrasília (DF) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, líderes da legenda e de partidos de oposição se reuniram nesta terça-feira (01/03), na Liderança do PSDB no Senado, com representantes dos movimentos sociais que organizam as manifestações previstas para o próximo dia 13 de março em todo o país. O objetivo do encontro segundo Carla Zambelli, do Movimento Nas Ruas, foi definir uma pauta conjunta, trocar informações e buscar uma convergência de ideias.

“A gente tenta fomentar a discussão para que dia 13 de março seja uma grande manifestação do Fora Dilma, independente de ser impeachment ou cassação. O impeachment é mais rápido, mais fácil, porque já está na Câmara, mas também vai ser falado em apoio à Operação Lava Jato, em cassação pelo TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. Também fizemos um vídeo falando da importância dessa junção do político com o povo. O povo precisa participar da política, precisa saber o que está acontecendo no Senado, saber o que está acontecendo na Câmara. Temos que começar a criar essa cultura de acompanhamento da política”, disse.

Coordenadora da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos, junção de 45 movimentos sociais, Carla Zambelli destacou que é preciso transformar a luta pelo impeachment da atual presidente Dilma Rousseff em uma reinvindicação não apenas popular, mas dos políticos e de toda a sociedade.

“Até o impeachment ser aceito no Congresso, essa é uma briga muito popular. O impeachment é protocolado na Câmara, nós inclusive assinamos os pedidos de impeachment junto com Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., mas a partir do momento que ele é aceito pelo presidente e é colocado em votação, ele já não é mais só popular. Ele precisa sim do apoio popular, mas principalmente do apoio do Congresso para que seja admitido e, posteriormente, enviado para o Senado. Diante dessa questão toda, de que o impeachment já não é mais só popular, ele virou político também, a gente tentou o máximo possível unir essas ações para que o impeachment saia. Seja impeachment, seja cassação, a gente quer o Fora PT”, afirmou.

A reunião, segundo Carla, também discutiu a possibilidade dos líderes da oposição se concentrarem em uma cidade para participarem das manifestações de 13 de março, mostrando “para o povo que há sim políticos brigando pelo interesse da população”.

“Existiu no ano passado uma certa resistência de que os movimentos conversassem com os políticos, só que a partir do momento em que o impeachment vem para a Câmara e ele depende da Câmara para ser admitido, e depois encaminhado para o Senado, a gente precisa ou pressionar os deputados e os senadores ou do apoio deles. Melhor pelo amor do que pela dor”, completou Zambelli.

Participaram do encontro ainda Jailton Almeida, representante do Vem pra Rua, Rubens Nunes e Renan Santos, do Movimento Brasil Livre (MBL).

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