PSDB – PE

O Banco Central informou que os principais indicadores econômicos apontam para uma ¥recuperação gradual¥ do país, de outubro para cá, depois dos choques que afetaram a economia, a partir de abril, e acredita que as perspectivas para os próximos meses são de manutenção dessa tendência, de forma mais efetiva.

A conclusão é do Comitê de Política Monetária (Copom), que em sua última reunião do ano, na semana passada, fez ampla análise da conjuntura econômica internacional, e apontou a rigidez da política fiscal e a retomada de superávits da balança comercial como fatores que ajudaram a fortalecer essa ¥progressiva superação¥ das dificuldades do país.

O Copom ressaltou, contudo, que o quadro ¥favorável¥ da economia não oferecia, naquele momento, confiança suficiente para baixar a taxa de juros, por causa das incertezas quanto à recuperação da economia internacional, evolução da crise argentina e comportamento incerto, também, dos índices de inflação, devido ao menor repasse da depreciação cambial.

De acordo com a nota da reunião do Copom, essas incertezas ¥recomendam que se aguarde por uma confirmação mais forte do quadro que ora começa a se configurar¥. Essa cautela levou o Copom a manter a taxa de juros Selic em 19% ao ano, e adiar a discussão para a próxima reunião, marcada para os dias 22 e 23 de janeiro, quando o Comitê vai deliberar mais uma vez sobre as diretrizes de política monetária.

Com base em indicadores da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o balanço do Copom informa que houve um ¥esgotamento do processo de desaceleração¥ da atividade econômica, que começou a dar sinais de recuperação a partir de outubro, apesar dos efeitos negativos da restrição de oferta de energia elétrica.

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria, que havia declinado de forma acentuada, de junho a setembro, apresentou índices de reversão em outubro e novembro, com níveis de utilização de 79,4% e 79,6%, respectivamente. A produção de máquinas e equipamentos agrícolas cresceu pelo terceiro mês consecutivo, assinalando alta de 1,6%.

O comércio varejista também confirmou tendência de recuperação do consumo na Região Metropolitana de São Paulo, com aumento do faturamento real de 1,8%, em que pese o aumento, também, da inadimplência, que evoluiu de 6,2% em outubro para 8,4% em novembro. Mas a expectativa da Associação Comercial de São Paulo é de que a taxa de inadimplência decline este mês para o patamar de 6%, como ocorrera em anos anteriores, em decorrência do recebimento do 13º salário.

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