O deputado federal e presidente do PSDB-PE, Bruno Araújo, confrontou seus adversários que insistem em não encarar a eleição estadual em torno do que de fato interessa aos pernambucanos: a solução para os graves problemas enfrentados pelo Estado.
Candidato ao Senado pela Frente “Pernambuco Vai Mudar”, o recado do tucano tem endereço certo: o também postulante ao cargo no palanque governista, Humberto Costa (PT).
“A eleição não pode ser um faz de conta. Não adianta vir com o discurso de presidentes que não são candidatos. Lula e Temer não são candidatos. O debate aqui é sobre Pernambuco. E quem tem certeza de que o Estado precisa tomar outro caminho vai eleger Armando governador e Mendonça e Bruno para o Senado”.
Para Bruno Araújo, a insistência em trazer para o debate temas ‘nacionais’ – incluindo, inclusive, personagens que não fazem parte da disputa – é uma tentativa de afastar a discussão do que claramente manifestam os pernambucanos em todas as regiões: o desejo de mudança.
“A gente enxerga o cheiro de mudança nos olhos dos pernambucanos. As pessoas nos olham com o sentimento de ‘já deu, já deu’. E nós temos que estar preparados para esse momento novo, para esse momento de construção. Não adianta apenas vencermos a eleição. Temos de dar conta do recado. E ninguém da conta do recado sozinho. Precisamos estar unidos com o mesmo propósito. Queremos que os pernambucanos olhem para o Palácio das Princesas e acreditem que ali tem um governador que põe ordem na casa”, disse o tucano em mensagem a dezenas de vereadores em encontro realizado, neste domingo (19/08), no comitê central da campanha.
O encontro contou com as presenças do candidato a governador Armando Monteiro (PTB), do vice Fred Ferreira (PSC), e do parceiro de Bruno na disputa ao Senado, o deputado federal Mendonça Filho (DEM).
O presidente do PSDB-PE questionou ainda o adversário petista pela incoerência da aliança firmada com o deputado Jarbas Vasconcelos (MDB), que também disputa o Senado na chapa governista. E cobrou de Humberto Costa explicações por ter votado por duas vezes no presidente Michel Temer (MDB).
“Humberto vem com essa história de Temer, em quem votou em 2010 e 2014 (como vice do PT), para esconder seus problemas com o juiz Sérgio Moro. Incoerência que também se manifesta quando ele pede voto para Jarbas. Imagino a vergonha que sentem seus eleitores. Sabe como se chama isso? Oportunismo”, ressaltou.
Bruno voltou a destacar a coerência e unidade que marcam a aliança que consagrou a chapa formada por ele, Armando Monteiro e Mendonça Filho.
“A gente caminha junto num jogo afinado. Na chapa de lá, a briga dos candidatos ao Senado é de ontem. Nunca se entenderam. Nunca acreditaram um no outro. Minha conversa com Mendonça se fecha, o que combinamos tá combinado. Nosso voto é casado, vamos ganhar a eleição de cabo a rabo. Os pernambucanos sabem do que levou o resultado da eleição passada. Agora é hora de cobrar a fatura e acreditar em quem de fato entrega as mudanças de que o povo precisa”.