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A Força do Campo

À medida que aumenta a taxa de urbanização do país, os brasileiros se distanciam do campo e ficam desinformados sobre o que acontece com a agricultura e a pecuária. O fenômeno é inerente ao desenvolvimento (cresce em todo o mundo o número de jovens que nunca viram uma vaca ou nem um porco). Porém, coincide com um momento em que a agropecuária nacional dá contribuição vital para o equilíbrio das contas externas. Graças a expressivos ganhos de produtividade, a receita com o agronegócio não pára de crescer. No ano passado, a fatia da agropecuária na pauta de exportações chegou a 41,15%, somando US$ 23 bilhões. Para este ano, esperam-se vendas de US$ 25,8 bilhões.
O ministro da Agricultura, Pratini de Moraes, afirma que o Brasil, hoje, situa-se no nível dos países mais competitivos do mundo. Como resultado da alta taxa de produtividade, o Brasil é líder na produção de café, açúcar e suco de laranja, e ocupa o segundo lugar com soja e carnes. Pratini destaca que a produção de grãos atingiu 100 milhões de toneladas, o dobro do que se colhia no início da década de 80, e na mesma área plantada. A sustentar o êxito, está o investimento em adubo, agrotóxicos e sementes.
Nem tudo vem da terra. Impressiona também o desempenho do grupo carnes (bovina, suína, de frango e peru). No ano passado, as exportações somaram US$ 2,87 bilhões contra US$ 1,9 bilhão em 2000, quase US$ 1 bilhão a mais. O Brasil bateu tradicionais exportadores de carne suína, como Alemanha, a Dinamarca e a Polônia. Para a Rússia, vende cerca de US$ 1,5 milhão ao dia. ¢¢Pela informação que recebi do presidente Putin, já conquistamos 35% do mercado de carnes de Moscou¢¢, comemora Pratini. Na carne bovina, o Brasil superou tradicionais fornecedores, e o próximo desafio é ocupar mercados nos Estados Unidos, no Oriente Médio e na China.
A taxa de produtividade, a diversificação da pauta de exportações e abertura de novos mercado geram emprego e rendem preciosas divisas. Como diz o produtor e líder rural Luís Hafers, o Brasil está no caminho certo. Falta, apenas, reforçar o combate aos subsídios e às barreiras alfandegárias dos países desenvolvidos, que prejudicam principalmente as exportações brasileiras de suco de laranja, café, soja e carnes. O ministro da Agricultura não está de braços cruzados. Ao contrário, é o primeiro a afirmar que a competição é espinhosa: ¢¢Liberdade de comércio é título de tese em faculdade, é só discurso. Na prática os países defendem com unhas e dentes os seus mercados, e é o que temos de fazer¢¢.
Em se plantando e em se criando tudo dá, mas não basta produzir. Há que aprimorar o produto e disputar clientes no exterior. O que o Brasil vem fazendo com rara competência.

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