Recife (PE) – O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) ocupou a tribuna da Câmara dos Deputados na tarde desta terça (12) para alertar a Casa sobre os danos de se aprovar a Medida Provisória 664 que altera as regras para concessão de pensão por morte e auxílio-doença. A Câmara reiniciou hoje nova rodada de votações do ajuste.
Para o tucano, essa MP – que integra o pacote do ajuste fiscal proposto pelo governo Dilma (PT) – “é a mais cruel, a mais perversa” porque mexe com a ponta mais frágil da sociedade.
“A gente está falando das viúvas e viúvos, dos que estão na condição de maior fragilidade em nossa sociedade. O governo argumenta que há fraudes na concessão de algumas pensões. Que se combata as fraudes. Para que existem os órgãos de controle? O que não pode é a legislação partir do pressuposto de que o brasileiro é desonesto. Se tem alguém desonesto nesse processo é o governo que gastou mal, errado, que desviou dinheiro público”.
O parlamentar chamou atenção, ainda, para que o que o governo economizará com os cortes nas pensões por viuvez, seguramente, frisou, “quase nada próximo ao que é pago de juros ao sistema financeiro”. O tucano entende que o país precisa de ajuste. Mas defende que ele seja feito no corte de cargos comissionados e na revisão da quantidade de ministérios e da política da taxa de juros.
“Cada ponto aumentado na taxa Selic, é imenso o custo da rolagem da dívida pública. E aumenta em proporção muito maior do que se pode conseguir com essas MPs do mal”, alertou.