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“A oposição cresce no Brasil”, por Rodrigo de Castro

Artigo do secretário-geral e deputado federal do PSDB, Rodrigo de Castro (MG), publicado na edição desta terça-feira (23) de Brasil Econômico

Estar – e permanecer – na oposição por quase uma década não é tarefa fácil para partido algum. Mas o PSDB pode dizer que, mesmo com o esforço do governo federal para eliminar quem do PT discorda, vive uma trajetória de crescimento – e este percurso é referendado pela população. Os números da eleição do dia 7 demonstram isso até mesmo em regiões onde era dada como certa a hegemonia petista, como no Norte e Nordeste.

O partido conquistou 691 prefeituras em todo o país – foi a segunda sigla a fazer mais prefeitos, atrás apenas do PMDB. Está disputando o segundo turno em 17 cidades, sendo que delas oito são capitais de estado, número que dá a dianteira ao PSDB neste critério. Em uma capital, Maceió, fechamos a eleição logo no primeiro turno, com a vitória de Rui Palmeira.

A comparação entre 2008 e 2012 ratifica a evolução tucana. Os 17 segundos turnos de 2012 representam quase o dobro do alcançado em 2008, quando o partido esteve na segunda parte da disputa em apenas nove ocasiões.

Nos oito estados que governa – Alagoas, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Roraima, São Paulo e Tocantins – o PSDB obteve mais prefeituras do que o PT. E foi a legenda que mais elegeu prefeitos em seis unidades da federação, como São Paulo e Minas Gerais, os dois mais populosos do Brasil, e também no Acre, Pará, Paraná e Roraima.

Também podem ser contabilizadas pelo PSDB vitórias que, embora sejam encabeçadas por representantes de outros partidos, tiveram em tucanos seus principais empreendedores. Belo Horizonte é o maior exemplo disso, onde a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram derrotados pelo senador Aécio Neves, que garantiu a reeleição do prefeito Márcio Lacerda, do PSB.

Triunfo similar ocorreu em Aracaju, onde o PSDB coligou-se ao DEM e contribuiu para a eleição, logo em primeiro turno, de João Alves, que derrotou o candidato apoiado pelo PT e pelo governador Marcelo Déda.

Nos orgulhamos do desempenho nas cidades grandes, mas também ressaltamos conquistas nos municípios de menor porte. Contabilizamos mais de 500 vitórias em cidades com eleitorado inferior a 20 mil pessoas. Ou seja: somos aprovados também por esses milhares de cidadãos, pessoas que estão muito próximas do dia-a-dia de nossas gestões e que fiscalizam a administração mais de perto.

Os números de 2012 reforçam a mensagem que o eleitorado deu ao Brasil em 2010. Na ocasião, o PSDB fez oito governadores e o candidato a presidente José Serra, que hoje disputa o segundo turno das eleições em São Paulo – tendo obtido 30,75% dos votos válidos no primeiro, ficando à frente do petista Fernando Haddad – teve quase 44% dos votos válidos no segundo turno. Números estes que mostraram que uma grande parte da população brasileira já não estava satisfeita com o método petista de administrar e queria mudanças.

Alcançamos este patamar mesmo sem termos a máquina federal à disposição nem utilizarmos de expedientes condenáveis – literalmente, como detectou o Supremo Tribunal Federal – para o reforço da nossa base de apoio. Quem nos apoia, neste 2012 e desde nossa fundação, há 24 anos, é a população.

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