Pernambuco – O ditado pode ter se tornado corriqueiro. Mas não derrotado na repetição. “A união faz a força”. Foi apostando no provérbio que as oposições representadas na Câmara do Recife e na Assembleia Legislativa lançaram nesta terça-feira (2) a aliança “Articulação Metropolitana”.
A reunião ocorreu na sede estadual do PSDB de Pernambuco e contou com a adesão dos deputados estaduais com forte atuação na Região Metropolitana: Daniel Coelho, Terezinha Nunes e Betinho Gomes, do PSDB. Eles se uniram à bancada de oposição do Recife formada pelos vereadores André Regis e Wanderson Florêncio, do PSDB, Priscila Krause (DEM) e Raul Jungmann (PPS).
A partir de agora, as duas bancadas atuarão em conjunto sempre que os temas forem convergentes às instâncias de atuação de cada grupo no exercício da fiscalização do Executivo (municipal e estadual).
A bancada “Articulação Metropolitana” também promoverá debates em torno dos temas de interesse social que pautaram as manifestações de rua e nas redes sociais. E em comum acordo com os demais parlamentares atuantes no grande Recife, a bancada publica uma nota sobre a proposta de plebiscito da presidente Dilma Rousseff.
Eis a nota:
“Embora reconheçamos ser o plebiscito um instrumento importante de consulta popular, entendemos que a presidente Dilma tenta manipular a população brasileira, que tem ocupado as ruas numa proporção jamais vista em nossa história, quando sugere a redução de todo o debate que ora se realiza a uma reforma política que é importante mas não está, neste momento, na prioridade do nosso povo.
O que majoritariamente as pessoas têm reivindicado é uma melhoria urgente nos serviços públicos, notadamente na saúde, na educação e na mobilidade urbana, o combate sistemático à corrupção, e medidas que assegurem o controle da inflação e um maior crescimento econômico em nosso país. Também está em pauta a redução do tamanho da máquina pública nacional, atualmente composta por 39 ministérios, e que se mostra absolutamente fora da necessidade contenção dos gastos públicos.
A presidente perde uma grande oportunidade quando se detém a propor um plebiscito que vai custar mais de R$ 500 milhões e não enfrenta os reais problemas da Nação.”