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Aécio anunciará “Nordeste Forte” para melhorar IDH da região

Aécio Neves: Dia dos PaisDo Recife (PE) – O candidato da Coligação Muda Brasil, senador Aécio Neves, concedeu entrevista à radio CBN Recife na manhã desta terça-feira (12).

O tucano falou sobre as medidas necessárias que tomará em favor do Brasil, caso seja eleito; sobre aumento de tarifas; manutenção e ampliação do Bolsa Família; compromisso com obras importantes para o Nordeste, entre outros.

Sobre a região, onde cumprirá maratona de visitas de hoje até o dia 23, Aécio Neves anunciará o lançamento do programa “Nordeste Forte”. Um projeto que, segundo o tucano, contará com o apoio do governo em logística e investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia e na área social para permitir a melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da região.

 

Coragem para tomar as medidas necessárias em favor do Brasil:

O atual governo colocou em risco as principais conquistas que tivemos ao longo dos últimos anos, conquistas não apenas dos governos do PSDB mas de outros, como o combate à inflação, modernização da economia e a confiança que havíamos adquirido junto a agentes externos e que é fundamental para que tenhamos investimentos, o que significa emprego. Mas infelizmente o governo da presidente Dilma fracassou na condução da economia, na gestão do Estado, e Pernambuco sabe muito bem do que estou falando como a Transposição do São Francisco, Transnordestina, a Refinaria Abreu e Lima, todas obras atrasadas e com preços bem maiores do que aqueles inicialmente previstos, e fracassou nos indicadores sociais. Nós deixamos de melhorar a qualidade da educação, a saúde é uma tragédia e a segurança está entre os temas que mais preocupam os brasileiros.

Tenho dito que é possível sim conciliar a administração pública com a ética e a decência. Nossa candidatura terá a capacidade de permitir o resgate da confiança dos que investem no Brasil; vamos ampliar as parcerias com o setor privado que são essenciais para superar os gargalos que existem ao desenvolvimento em várias atividades, inclusive na região Nordeste.

Darei prioridade à segurança pública. Hoje não há praticamente ação do governo federal nessa questão. Nós seremos um governo planejado, que não privilegiará amigos e companheiros, um governo da meritocracia e dos resultados. Isso permitirá o Brasil retomar uma rota de crescimento gerando mais empregos.

Aumento de tarifas:

Quem já anunciou que fará reajustes depois das eleições foi o próprio governo. A equipe econômica já anunciou. E não é possível se acreditar que teremos esses preços represados por um tempo mais longo. Mas nosso governo será o da previsibilidade, não será o da maquiagem fiscal, dos números que não conferem com a realidade, tampouco o governo que controlará a inflação por decreto. Essa é uma questão de muita expectativa. Quando os agentes econômicos olham pra frente e veem possibilidade de aumento inflacionário eles já aumentam seus preços de imediato. E é essa quebra de confiança que vem fazendo com que o Brasil seja o penúltimo país em crescimento na América do Sul. E mesmo com todas as ações de represamento de preços, a inflação já está alterando o teto da meta. Tenho certeza de que os ouvintes não compram mais hoje o que compravam há seis meses e o governo da presidente Dilma não trata da inflação com a firmeza que deveria. Qualquer governo responsável terá que tomar medidas para que o Brasil retome o crescimento e controle a inflação. E, infelizmente, esse governo vem adiando essas medidas para depois da eleição. Agora é hora de vencer as eleições, conhecer os números do governo para ver de que forma esses ajustes serão feitos. Nosso  governo terá as marcas da responsabilidade e da previsibilidade. Nós aposentaremos a maquiagem fiscal que tão mal vem fazendo ao Brasil e tanta insegurança vem trazendo aos investidores.

 

Manutenção e ampliação do Bolsa Família:

Será mantido no nosso governo. Ele vem da junção dos bolsas alimentação e escola criados nos governo do PSDB e que  o presidente Lula teve a virtude, que sempre reconheço, de ampliá-los, mas agora ele precisa viver novas etapas. Tenho um projeto no Congresso Nacional que eleva o Bolsa Família à condição de Política de Estado. Isso significa que qualquer que seja o governo, o Bolsa Família continuará. Mas a questão da pobreza não deve ser tratada apenas pela privação da renda. Existem outros indicadores da pobreza como a privação de serviços de saneamento básico, de saúde, de educação…No meu projeto para o Bolsa Família, se alguém arrumar o emprego cujo salário ultrapassa o teto do benefício, ele poderá receber simultaneamente por seis meses a remuneração do serviço privado e o benefício do Bolsa Família para que ele tenha um tempo para se consolidar no emprego. A partir do cadastro único, nós vamos classificar as famílias beneficiadas pelo Bolsa Família em cinco níveis. Aqueles de maior privação, que são as famílias que não têm sequer um banheiro em casa, ou aquelas que têm uma adolescente grávida privada do pré-natal, ou eventualmente um adulto em casa sem qualificação para o mercado de trabalho…Nós vamos tipificar as famílias por níveis de carências e, durante um ano, todas elas terão que mudar de nível, ter sua carências diminuídas. O que significar que não vamos apenas entregar o cartão do Bolsa Família. Mas cuidar delas diferente do que acontece hoje.

 

Royalties de petróleo:

Defendo que os contratos assinados sejam cumpridos. A partir daí, a distribuição possa ser feita de maneira equânime para os outros estados. Até porque é uma questão constitucional e não adiante brigar contra a Constituição, até porque isso retardaria a destinação dos recursos a outros estados. E defendo ainda, como votei no Congresso Nacional, que 75% sejam destinados à educação e 25% para a saúde.

 

Fusão PIS-COFINS:

É uma proposta interessante. Mas eu tenho dito desde o início da campanha, fui o primeiro a defender, a simplificação do sistema tributário como primeiro passo para avançarmos na redução da carga tributária. As desonerações setoriais que o governo federal vem conduzindo hoje não se mostraram benéficas ao país porque o crescimento da economia vem sendo pífio e elas custam muito caro ao Tesouro Nacional. A simplificação com a unificação dos impostos indiretos na direção de um imposto com valor agregado é a primeira medida que tomaremos para abrirmos espaço para a redução da carga tributária em médio prazo.

 

Aliança PSDB-PSB em Pernambuco:

Ela se construiu naturalmente pela vontade dos dois partidos. A partir de conversas que tivemos. Não achei adequado intervir por conta da disputa nacional que contrariasse interesses da maioria do nosso partido no Estado. Quem disputa uma eleição presidencial não tem que ter medo dos adversários, mas propostas claras, defendê-las e lutar para que elas sejam majoritárias. Portanto, esse encaminhamento em Pernambuco foi feito de forma absolutamente natural.

 

Transposição do São Francisco, Transnordestina e Arco Metropolitano:

Nosso governo é o da eficiência, da entrega dos resultados. A Transposição do São Francisco e Transnordestina já deveriam ter sido entregues há muito tempo. Hoje estão orçadas quase no dobro do valor inicial e serão concluídas porque são essenciais ao desenvolvimento não apenas de Pernambuco mas de boa parte do Nordeste. Em relação ao Arco Metropolitano tive a oportunidade, recentemente, em Jaboatão dos Guararapes com meu amigo, o prefeito Elias Gomes, de assumir o claro compromisso com a viabilização dessa obra que foi abandonada pelo governo federal. Estarei dia 23 lançando um conjunto de ações que tenho chamado de “Nordeste Forte”. Será um projeto que, com o apoio do governo, tanto em logística, quanto em investimento em pesquisa, ciência e tecnologia e na área social vai permitir que o IDH do Nordeste possa aumentar rapidamente.

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