O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), concedeu entrevista ao programa Super Manhã da Rádio Jornal, nesta terça-feira (24), comandado pelo comunicador Geraldo Freire. Aécio criticou o formato do investimento em saúde do governo Dilma através do Programa Mais Médicos, exaltou a contribuição de Fernando Henrique Cardoso e destacou que se for eleito, a marca do seu governo será de mudanças.
Em relação à saúde, Aécio alegou que “É uma contradição entre ter mais médicos e menos saúde. Ninguém pode ser contra ter mais médicos no país, mas é uma contradição fechar 13 mil leitos hospitalares apenas nos últimos 3 anos”. Para ele, “hoje o atendimento na saúde publica no brasil é um tragédia”. Ele destaca que gostaria que os médicos cubanos não fossem discriminados em relação aos de outros países e que ele preferiria que o contrato desses profissionais fosse assinado diretamente com os médicos cubanos e não com governo cubano. Para Aécio, o que falta na gestão de saúde pública do governo atual é solidariedade.
Questionado sobre como seria o seu governo se fosse eleito, o senador diz que há hoje um sentimento muito claro de mudança no Brasil e até um desconhecimento de ouras alternativas. Aécio explicou que as mudanças em um governo comandado por ele começariam pela gestão pública. “Nós não podemos crer que seja razoável para um país ter hoje uma estrutura de governo tão ampla como a que temos hoje. O meu governo seria um governo mais enxuto e mais eficiente”. E concluiu: “Seria um governo que teria também na questão ética uma diferença muito grande”.
A respeito de até que ponto vai a presença de Fernando Henrique Cardoso na sua campanha, o senador destaca que tem enorme orgulho da contribuição do presidente Fernando Henrique ao Brasil e que não teria havido o governo do presidente Lula com os resultados que obteve, se não tivesse havido o governo de Fernando Henrique antes. “Devemos sim reconhecer e valorizar o nosso legado”, concluiu.
O senador disse ainda que acredita em um segundo turno com a participação dele ou do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. “Eu confio, em benefício do Brasil, que nós possamos estar no segundo turno iniciando juntos um ciclo novo do governo do país”, concluiu.
Com duras críticas ao governo Dilma, Aécio Neves concluiu sua avaliação da gestão atual dizendo que “O PT abriu mão de ter um projeto de país transformador, pra se contentar em ter exclusivamente um projeto de poder”.
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