O governo da presidente Dilma Rousseff acusa a oposição de pretender privatizar a Petrobras como forma de cria um “inimigo imaginário” na avaliação do presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
O tucano reafirma que o projeto do partido é o de reestatizar a Petrobras e tirá-la do pior momento de sua história, fruto do aparelhamento político feito pelo PT.
“A presidente da República é como aquelas crianças que criam um amigo imaginário e saem conversando com ele. Ela está criando um inimigo imaginário e começa a brigar com ele. Está dizendo que não vai deixar que privatizem a Petrobras. Meu Deus quem está falando em privatizar a Petrobras?”, questionou Aécio Neves em reportagem publicada pelo jornal O Globo desta terça (6).
Em palestra no Sindicato Nacional dos Aposentados, em São Paulo, nesta segunda (5), Aécio reforçou os compromissos do PSDB com o reajuste real do salário mínimo e o combate à inflação.
O tucano voltou a cobrar a votação do projeto de lei, apresentado pelo PSDB e pelo Partido Solidariedade, que assegura ajuste real do salário mínimo até 2019.
Leia entrevista concedida pelo senador Aécio Neves:
Sobre encontro com integrantes do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI)
O IEDI, que reúne as principais buscas nacionais, está percebendo na pele a gravidade do processo de desindustrialização do Brasil. Hoje, temos a presença da indústria que tínhamos na década de 1950, de 13% do conjunto do PIB. O déficit da nossa balança comercial industrial, apenas no ano passado, foi de R$ 105 bilhões. Então, é um conjunto de contradições da política econômica e macroeconômica que tem tirado competitividade da indústria brasileira. Passa pela questão logística, onde as falhas são enormes, onde esses 10 anos de atraso do PT na viabilização de investimentos à infraestrutura tiram a competitividade da indústria. Passa pela questão tributária, fiscal. Há, hoje, um emaranhado enorme, e aí eu concordo com a necessidade de fazermos rapidamente o processo de simplificação do sistema tributário, e esse é um dos principais compromissos que temos, e, na sequência, abrirmos espaço, a médio prazo, para diminuição da própria carga. Então, há sim uma convergência grande de diagnóstico. Fico muito feliz de receber essas contribuições, receber um documento com essas propostas. Não são reivindicações pontuais desse ou daquele setor. São preocupações que eles externam em relação ao baixo crescimento do Brasil, à diminuição dos investimentos na economia brasileira e, obviamente, de forma muito especial, a fragilização da nossa indústria.
Sobre declarações do ex-governador Eduardo Campos
Acho que vai ficando claro aquilo que nós somos. As diferenças, elas existem, mas as convergências devem ser buscadas em favor do Brasil. Então eu não acho nada de novo naquilo que o Eduardo vem dizendo. Eu continuarei fazendo aquilo que me dispus a fazer deste que assumi essa candidatura, apresentando ao Brasil uma proposta claramente oposicionista ao que está aí. Contra esse aparelhamento irresponsável da máquina pública, contra a ineficiência, indignado em relação a essas sucessivas denúncias de corrupção que se sucedem a cada dia. Uma proposta contrária a essa visão anacrônica e arcaica de política externa que nos leva ao alinhamento que não interessa ao Brasil em absolutamente nada. Acho que nessas convergências é preciso que nós nos encontremos. Mas é bom que o debate ocorra, até porque se fossemos iguais, estávamos no mesmo partido e apoiando a mesma candidatura. Acho que é saudável essa pluralidade do debate eleitoral. Da minha parte sempre terá respeito a ele e haverá mais do que isso, um pensamento maior que vai além de uma candidatura do PSDB ou uma candidatura do PSB. Eu quero devolver o Brasil aos interesses dos brasileiros, devolver as empresas brasileiras ao interesse público. Retirá-la das garras desse grupo político que se apoderou do estado brasileiro em beneficio de um projeto de poder.
* Acompanhe o senador Aécio Neves e notícias do PSDB-PE no Facebook e no Twitter