Candidato da Coligação Muda Brasil fez questão de iniciar a campanha de rua do segundo turno junto com os trabalhadores
Após encontro com trabalhadores da construção civil, em São Paulo nesta terça-feira (7), o candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência, Aécio Neves, reafirmou seu compromisso em defesa do fim da reeleição para todos os cargos.
Esse é um dos pontos que faz parte das diretrizes que o tucano defende há muito tempo e que deixou claro na campanha do primeiro turno.
Aécio também reforçou seu compromisso em favor do mandato de cinco anos. Mas ressaltou que a discussão precisa ser dividida com o Congresso Nacional, já que não se trata de uma decisão que não afeta apenas o cargo de presidente da República.
O candidato da Coligação Muda Brasil fez questão de iniciar a campanha de rua do segundo turno junto com os trabalhadores como forma de reforçar seu projeto de fazer um governo da retomada do crescimento, valorização do emprego e controle da inflação.
Abaixo, trechos da coletiva concedida pelo candidato da Coligação Muda Brasil:
CAMPANHA DO SEGUNDO TURNO
Fiz questão de que o primeiro ato de rua da nossa campanha, nesse segundo turno, fosse em São Paulo e fosse com os trabalhadores. Porque o nosso governo será o governo da retomada do crescimento, da valorização do emprego, do controle da inflação. E quero aqui, ao lado do governador Geraldo Alckmin, do senador José Serra, agradecer a todos aqueles que nos ajudaram a ter um extraordinário resultado no primeiro turno.
Vamos continuar, desde o primeiro dia, defendendo aquilo em que acreditamos e mostrando que temos o melhor projeto para o Brasil. A minha candidatura, a partir desse instante, não é mais a candidatura de um partido político ou de uma coligação. A minha candidatura é a candidatura que representa um sentimento amplo de mudança que hoje permeia a sociedade brasileira.
Estou pronto para liderar um projeto em favor do Brasil, em favor de uma nova política, em favor de uma construção coletiva. E, para isso, reitero aqui aquilo que tenho dito nas várias reuniões das quais participo. A nossa proposta de governo é uma proposta sempre aberta a novas contribuições. Até porque um programa de governo é uma obra que não termina nunca. É uma construção permanente, sempre aberta a aprimoramentos. E é isso que construiremos a partir desses próximos dias, com nossos compromissos cada vez mais explícitos no campo da sustentabilidade, no campo da melhoria da qualidade da educação, avançando sempre na direção da escola de tempo integral.
Vamos construir um projeto que seja da maioria dos brasileiros. Estou extremamente otimista para que, nessas próximas semanas, façamos uma campanha à altura da expectativa dos brasileiros. Da minha parte, farei a campanha propositiva, campanha que fala de valores, mas a campanha que respeita o adversário.
FIM DA REELEIÇÃO COM MANDATO DE 5 ANOS
Sou a favor do mandato de cinco anos sem reeleição para todos os cargos públicos. A questão desse [próximo] mandato em especial tem que ser discutida no Congresso por uma razão específica. Não estamos falando do fim da reeleição para presidente da República apenas, em que a decisão unilateral do candidato resolveria o problema. Estamos falando de reeleição de governadores e de reeleição de prefeitos. Então, precisa haver um entendimento no Congresso Nacional em relação a isso. Mas a tese do fim da reeleição e mandato de cinco anos é uma tese que advogo e defendo há muitos anos.
Acredito que cinco anos é um bom tempo para um mandato. Já tinha muitas dúvidas sobre a questão da reeleição. Foi uma experiência – votamos a favor -, uma experiência que o Brasil viveu, mas nada impede que você evolua. A minha posição é essa. Acho que a presidente Dilma acabou por desmoralizar a reeleição com essa mistura sem limites entre o público, o privado e o partidário, como assistimos nessa eleição. Se eu já tinha algumas dúvidas sobre a possibilidade e as vantagens da reeleição, eu acho que a presidente Dilma acabou por desmoralizá-la.
EM SINTONIA COM MARINA SILVA SOBRE FIM DA REELEIÇÃO
Essa proposta está já nas nossas diretrizes, eu defendo há muito tempo. Acredito que o mandato de cinco anos e a coincidência das eleições é um avanço. Eu vejo, inclusive, que há convergências importantes entre as propostas do programa de governo da candidata Marina e as nossas. Agora, essa é uma questão que não depende de mim. Essa é uma questão em que temos que respeitar o tempo e as discussões internas de cada um daqueles que se posicionaram em outra direção no primeiro turno. O segundo turno é sim o momento das convergências, é o momento das aproximações. Estou muito sereno. Vou continuar defendendo aquilo em que acredito e vamos aguardar, com muito respeito, a movimentação dos outros candidatos.
MANTENDO O RITMO DE MOBILIZAÇÃO DO PRIMEIRO TURNO
Todos os que participaram conosco dessa eleição, vitoriosos ou não. Vamos fazer uma grande movimentação a partir de amanhã em Brasília para que a mobilização que houve no primeiro turno não diminua no segundo turno, ao contrário. Será um momento de confraternização entre os nossos companheiros e de reafirmação dos nossos compromissos. Não paremos um minuto sequer.