São Paulo (SP) – O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou nesta terça-feira (1º), durante palestra no Fórum Panrotas 2014, em São Paulo, que, assim como em outras áreas, o turismo brasileiro também perde oportunidades devido à falta de planejamento e gestão eficiente do governo federal.
Aécio citou como exemplo o fraco crescimento do número de turistas estrangeiros que visitam o país. “Ao longo dos últimos 10 anos, desde a criação do Ministério do Turismo, o turismo de estrangeiros cresceu de 5,3 milhões para 5,6 milhões. Isso é absolutamente nada!”, disse o tucano.
A palestra do presidente nacional do PSDB abriu o evento, considerado o principal palco de debates do turismo brasileiro, com representantes de todos os estados do país. De acordo com os organizadores, o fórum reuniu nesta terça-feira (1º) cerca de 1,2 mil pessoas.
Desarticulação – Aécio Neves também criticou a falta de articulação da área do turismo com órgãos responsáveis pela elaboração de estratégias de desenvolvimento do Brasil. “Se o turismo não for compreendido como atividade econômica de excelência, e os responsáveis pela área do turismo não tiverem assento em grandes fóruns de decisão de estratégia governamental, o efeito será pífio”, avaliou.
O tucano foi aplaudido ao dizer que uma das causas do problema é o aparelhamento político da pasta do Turismo. “O ministério tem sido loteado e ocupado sucessivamente por indicações de pessoas que não têm qualquer familiaridade com o setor. Enquanto continuar sendo instrumento de barganha política, nós vamos continuar com crescimento pífio, e isso é ruim para todo mundo”, disse.
Reivindicações – Durante o evento, o presidente do PSDB recebeu um documento com reivindicações de empresários do setor, como a regulamentação de contratações temporárias para eventos sazonais.
“A meu ver se justifica que possa haver especificamente para o setor do turismo, dada a sazonalidade de alguns eventos uma flexibilização na legislação trabalhista para que possam haver contratações temporárias em função dessa sazonalidade. É muito melhor isso do que a informalidade, que não protege o trabalhador e coloca em risco o próprio empregador”, disse Aécio Neves.