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“Agenda do agronegócio e da mobilidea é a de 10 anos”, alerta Aécio

aeciomatogrosso2brito2-780x340Brasília (DF) – Ao analisar o agronegócio, a mobilidade e a infraestrutura no país, a agenda brasileira é semelhante ao que ocorria há dez anos atrás, com pouquíssimos avanços, segundo o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, durante visita a Campo Novo do Parecis (MT) nesta quarta-feira (16).

O senador participou da Parecis SuperAgro, maior feira de agronegócio do Mato Grosso, onde conheceu e conversou com cerca de 500 produtores rurais presentes.

“Não há uma compreensão clara nas ações do governo, no planejamento, para que o agronegócio possa ter o estímulo, o apoio e as condições de competitividade que hoje lhe faltam. Se o Estado não atrapalhar quem trabalha, quem produz, já está fazendo um grande favor”, disse o tucano.

Para o presidente nacional do PSDB, o governo federal falhou ao não dar prioridade a um setor fundamental, que equilibra as finanças do país.

“O Brasil deve uma reverência, um agradecimento, uma palavra permanente de respeito àqueles que, com todas as dificuldades, com o altíssimo custo Brasil, ainda vencem na nossa principal fronteira. Não fosse o agronegócio, nós certamente não teríamos crescido absolutamente nada nos últimos anos. É o agronegócio que permite que nosso crescimento, já pífio e injustificável, ainda seja positivo”, afirmou.

Meritocracia – Ao lado do presidente do Sindicato Rural de Campo Novo do Parecis, Alex Utida; do prefeito Mauro Valter Berft; dos senadores Pedro Taques (PDT-MT), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Jaime Campos (DEM-MT); e dos deputados Nilson Leitão (PSDB-MT) e Julio Campos (DEM-MT), Aécio salientou a importância do governo federal estimular a produção, o que não vem ocorrendo no país.

“O governo submeteu o ministério da Agricultura a um loteamento político. Isso gerou atrasos, gerou composições de segundo escalão que não eram as mais adequadas. Falta algo”, disse o senador. “Se essa é a atividade que nos permite crescer e gerar renda, gerar empregos, ela tem que participar da formulação da política econômica do governo”, considerou.

O senador defendeu ainda a meritocracia na gestão pública. “Os cargos devem ser ocupados por gente do setor, com representatividade. É dessa forma que nós vamos priorizar a atividade mais importante e relevante para o desenvolvimento nacional”, disse ele.

Logística – Durante a visita, Aécio Neves apontou também problemas de infraestrutura e logística que comprometem o avanço do desenvolvimento.

“Seria cômico se não fosse trágico. Se nós estivéssemos produzindo mais, e nós temos condições, não teríamos como escoar essa produção”, lamentou o senador. “Infelizmente, ao longo desses 11 anos, nós não investimos na logística planejada, na logística que interessa a economia brasileira. Nossos portos são o retrato mais bem acabado da negligência com a produção brasileira”, criticou.

O tucano mencionou como exemplos de obras que descongestionariam o fluxo de cargas no Brasil, mas que enfrentam problemas de atraso e sobrepreço: a BR-163, BR-158 e BR-242, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste, e hidrovias como a Teles Pires-Tapajós e a Paraguai-Paraná. Ainda assim, ao invés de se atentar a esses investimentos, o governo federal prefere voltar seus olhos a empreendimentos bilionários “megalomaníacos”, como o trem-bala e o porto de Mariel, em Cuba.

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