No Brasil existem atualmente 4,1 milhões de famílias produzindo em regime de agricultura familiar, quase 600 mil em assentamentos da reforma agrária. Conforme dados do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar, do Avança Brasil, esses números indicam mais 14 milhões de postos de trabalho no país. Daí a importância do respaldo oferecido aos produtores pelas Arcos – Agências Regionais de Comercialização, 35 em funcionamento em todo o Brasil, com previsão de estarem todas consolidadas até meados deste ano.
As Arcos são organizações civis sem fins lucrativos, que estão sendo implantadas em todas as regiões do país, sob a coordenação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, para apoiar agricultores familiares na comercialização de sua produção. As agências contam com o suporte do IICA – Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura e FAO – Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.
No final do ano passado o secretário nacional de Reforma Agrária, Orlando Muniz lançou em Brasília a Revista Arcos, editada pela agências, trazendo informações para produtores e mercado consumidor, especialmente grandes compradores e exportadores. A matéria principal da revista de 26 páginas trouxe o caso de sucesso do assentamento Vale do Lírio, do município São José do Mipibu, no Rio Grande do Norte, onde toda a produção de mamão papaia do local foi comercializada para a Europa. Assuntos como regras de acesso a crédito e o potencial da agricultura orgânica também foram abordados no primeiro número da revista.