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Além do desemprego, crise engrossa a fila dos subempregados no país

fila-desempregoRecife (PE) – O trabalho numa fábrica de bolsa foi embora com a crise. E João Oliveira da Silva, 37 anos, engrossou a fila do subemprego que toma conta do país junto com mais 300 colegas que, assim como ele, foram dispensados do trabalho.

À reportagem do portal PSDB-PE, João contou que a carteira de trabalho há quase três meses dorme numa gaveta, após a incansável busca, sem êxito, por uma recolocação no mercado. A saída não deu para ser outra. Com família para sustentar, o jeito foi partir para a informalidade e armar uma barraca no centro do Recife onde vende água e refrigerante.

João Oliveira da Silva está entre os milhares de brasileiros que, em função da grave crise econômica, foi empurrado para a informalidade ou subemprego em função do fechamento de vagas de trabalho. Com remunerações geralmente muito inferiores às dos empregos com carteira assinada e sem os direitos garantidos aos trabalhadores formais – tais como férias, décimo-terceiro, apoio da Previdência Social – o subempregado acaba tendo um poder de compra incapaz de garantir as condições básicas para sua subsistência.

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a situação não deve mudar tão cedo. Em estudo publicado no início do ano passado, a entidade afirmou que nos próximos cinco anos o subemprego e o emprego informal “deverão permanecer irredutivelmente elevados” na maioria dos países em desenvolvimento e emergentes. Em levantamento divulgado neste ano, a mesma OIT destacou que o Brasil terá, em 2016, a maior alta do desemprego entre as grandes economias do planeta, com 700 mil pessoas perdendo seus empregos no ano, o que deve fazer crescer ainda mais a informalidade e os subempregos.

Queda no salário dos brasileiros

Além da perda de empregos formais, os trabalhadores vêm tendo que sobreviver com uma renda cada vez menor. Segundo Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE publicada em março, a renda média do brasileiro passou de R$ 2.407,53 em fevereiro de 2015 para R$ 2.227,50 no mesmo mês deste ano, o que representa uma queda de 7,5%. As perdas salariais atingiram todos os tipos de trabalhadores, desde os com carteira assinada até funcionários públicos e autônomos. Para Fava, a diminuição do salário médio impacta diretamente na qualidade de vida das famílias brasileiras, e em especial na alimentação.

*Com informações da assessoria nacional do PSDB*

 

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