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Aloysio diz que PSDB votará a favor se pedido de impeachment for aceito na Câmara

Foto: Agência Senado
Foto: Agência Senado

Brasília – Em discurso na Tribuna do Senado nesta segunda-feira (17), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) declarou que depende do PMDB a decisão sobre um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff ter sucesso em sua tramitação no Congresso. Não só por ser o partido do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), responsável por dar seguimento a essa solicitação, mas porque a legenda hoje compõe a principal base de apoio ao governo.

O tucano prevê que, em um cenário de agravamento da crise econômica no país associado a novas revelações da operação Lava Jato e a uma aceitação do empresariado de que o custo do impeachment seria menor que o da permanência de Dilma, “o PMDB desembarca. A Constituição nos dá o caminho para a saída, que é o impeachment, e o PSDB votará a favor”, disse Aloysio.

Ele reiterou que assim o Congresso “estará pronto para sancionar a vontade, a intenção medida pelo calor das ruas, constatada em pesquisas de opinião que mostram que 70% dos brasileiros querem ver a presidente pelas costas”. O dado da rejeição da presidente é de pesquisa recente do Datafolha.

O tucano lembrou que a bandeira do impedimento esteve presente em todas as manifestações populares que aconteceram no último domingo nos 26 estados do país e no Distrito Federal, “como a expressão mais completa do desejo de mudança no comando do nosso País, do rechaço ao Governo Dilma Rousseff e, mais ainda, ao tipo de gestão governamental instaurada já a partir do Governo Lula.”

Manifestações

Aloysio Nunes também ressaltou a espontaneidade dos movimentos no fim de semana, sem convocações por sindicatos ou financiamentos, em contraste a movimentos como a Marcha das Margaridas, na semana passada, no estádio Mané Garrincha, em que houve injeção de recursos do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e da Itaipu Binacional.

O tucano também ressaltou que as polêmicas sobre o número total de manifestantes nos atoes é irrelevante. “O fato político maior é que os brasileiros se mobilizaram nas grandes cidades e também nas pequenas cidades”. Para ele, falta que os apelos dessas mobilizações cheguem às instituições como o Congresso Nacional.

O senador teceu novas críticas à forma de condução do governo petista, sem uma mensagem clara da presidente ao país. “Ela ora se agarra à boia que lhe lança o Presidente Renan Calheiros, ora participa de um ato, no Palácio do Planalto, em que ela escuta sem pestanejar um discurso sedicioso do Presidente da CUT, ameaçando pegar em armas contra a burguesia”. Esse fato, ocorrido na última sexta-feira, levou ao repúdio de entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Aloysio disse ainda que o tão propagado “diálogo” que a presidente Dilma pregou ao país em seu discurso de posse, em nenhum momento, foi efetivado. “Que iniciativa houve? Nada. Apenas a arrogância de quem se considera dona da verdade”. Para o senador, ao dispensar a voz da oposição, o governo perdeu em grandeza e em espírito público.

* Da assessoria do Senador

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