PSDB – PE

Análise do ITV: “Gente sempre em primeiro lugar”

Com novas diretrizes programáticas, PSDB busca se reposicionar, renovar ideias, reestabelecer identidades e, sobretudo, apontar com nitidez propósitos para o futuro

 

Prestes a completar 30 anos de sua fundação, o PSDB está se lançando na rediscussão das diretrizes programáticas que trouxeram o partido até aqui. Três décadas depois, é hora de se reposicionar, renovar ideias, reestabelecer identidades e, sobretudo, apontar com firmeza e nitidez propósitos para o futuro. De conectar-se, uma vez mais, ao pulsar das ruas.

É isto que busca fazer o documento “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”, lançado ontem pelo Instituto Teotônio Vilela. Elaborado ao longo de meses em que dezenas de diferentes agentes, vertentes, lideranças, técnicos, militantes, simpatizantes e observadores foram consultados e ouvidos, trata-se uma obra em aberto, posta para discussão a fim de ser ainda mais aprimorada.

O foco central é a redefinição do papel do Estado como ponto de partida para a reconstrução de uma nação ora alquebrada por duas graves e simultâneas crises: de financiamento e de representatividade. É da solução deste desafio que depende a prestação de melhores serviços públicos à população e a criação de um ambiente realmente propício a quem trabalha e produz que conduza o país de volta à rota de crescimento sustentável.

Há no documento clara profissão de fé na economia de mercado, na força da livre iniciativa, no ímpeto que uma sociedade mais empreendedora pode gerar na melhoria da qualidade de vida da nação. Será isso pouco? Também se ressaltam as contribuições tucanas ao progresso do país ao longo destes anos, em especial as transformações promovidas durante o governo Fernando Henrique (1995-2002).

Depois da terra devastada pelo PT, o Brasil que ora precisamos reconstruir demanda reequilíbrio e responsabilidade fiscal, uma agenda de concessões e privatizações em busca de mais produtividade e competitividade que o credencie a maior abertura externa.

Mas não apenas isso. O país dos novos tempos, da contemporaneidade de vozes sociais fragmentadas em redes, depende da maior participação da sociedade civil. É na força transformadora dos brasileiros que no seu cotidiano lutam por um país melhor, a despeito de governos que não os ajudam, que está a chave para o futuro que se almeja.

Mais cidadania, democracia representativa mais aberta à participação popular, mais transparência e responsabilidade de governantes e representantes, predomínio absoluto da ética à frente do interesse público são atributos indispensáveis para quem quer um país realmente renovado, mais justo, mais próspero.

Nas suas breves páginas, o documento não se pretende a verdade absoluta. Pelo contrário. A controvérsia é bem-vinda, assim como críticas e sugestões, sempre que de boa-fé. É da natureza de um partido que se orgulha de, desde o nascedouro, primar pela busca do diálogo, pela construção de consensos e soluções a favor do país. As novas diretrizes estão postas e a oportunidade para a discussão está aberta. Vamos ao debate!

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