Tomam possem em 1º de fevereiro os deputados e senadores eleitos em 2018, dia que será eleita as novas Mesas Diretoras da Câmara e do Senado. Entre os cotados para presidir o Senado pelos próximos dois anos está o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Por meio das redes sociais, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) manifestou apoio a candidatura do cearense à presidência do Senado destacando sua capacidade de articulação.
“Acredito que Tasso pela sua trajetória, pelo seu perfil, suas qualidades, competência, serenidade e preparo tem todas as condições de comandar o Senado da República pelos próximos dois anos e colaborar para que o Brasil saia de vez da crise e devolva dignidade para o seu povo”, disse.
Anastasia adiantou que tem trabalhado junto aos colegas para angariar votos favoráveis ao tucano. “Meu apoio a Tasso é total. E tem se demonstrado nas diversas conversas e articulações para a sua vitória que tenho buscado fazer junto a outros senadores”.
Uma novidade desta eleição da Mesa é que o novo comandante do Senado só será considerado eleito se obtiver os votos de pelo menos 41 parlamentares na sessão preparatória. O entendimento é do atual presidente da Casa, senador Eunício Oliveira, decidiu em dezembro uma questão de ordem apresentada pelo então senador Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Além de Tasso Jereissati, estão na disputa Renan Calheiros (MDB- AL), Major Olímpio (PSL- SP), Simone Tebet (MDB-MS), Davi Acolumbre (DEM-AP), Alvaro Dias (Podemos-PR) e Esperidião Amin (PP-SC).
Trajetória
Tasso Jereissati governou o Ceará três vezes, entre 1987 e 2002. Foi o segundo político a governar o estado por três mandatos em quase 110 anos de história republicana. Como governador se destacou por romper com o clientelismo e adotar a austeridade e a transparência.
Saneou as finanças, restaurou o crédito do estado e inaugurou a modernização administrativa. Melhorou os indicadores de saúde e de educação do Ceará, que acabou reconhecido pela ONU como o estado brasileiro que mais cresceu no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Em sua gestão, Tasso também foi aplaudido pelos investimentos em obras de infraestrutura e modernização da máquina estatal – um modelo que virou referência para outras unidades da federação.
Foi também um dos principais conselheiros do ex-presidente FHC e representou o Brasil em vários fóruns internacionais.
O empresário exerceu o cargo de senador entre 2003 e 2011. Ao final do mandato, anunciou a aposentadoria da política para se dedicar à família e aos negócios, retornou à vida pública em 2014, quando foi eleito novamente senador. Um dos nomes mais importantes do PSDB, já foi presidente nacional do partido. Atualmente preside o Instituto Teotônio Vilela.
No Senado, criou e presidiu a Subcomissão de Segurança Pública, transformada em importante fórum de debate nacional sobre violência e segurança pública. Presidiu também a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo e a Comissão de Assuntos Econômicos.
Especialista em economia, teve atuação destacada na discussão e aprovação da Lei das Parcerias Público-Privadas, defendendo a compatibilização da proposta do governo com a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Licitações. Também relatou o projeto da Lei de Responsabilidade das Estatais, que estabelece regras mais rígidas para a ocupação de cargos públicos.
*Reportagem Shirley Loiola