E ACM diz que Serra é ¥preconceituoso¥ e ¥cheio de problemas¥
São Paulo – O presidente nacional do PSDB, deputado José Aníbal (SP), considera cada vez mais difícil uma convergência com o PFL para a disputa da sucessão presidencial já no primeiro turno, embora venha trabalhando para que as portas permaneçam abertas, já que as convenções partidárias para a escolha dos candidatos serão realizadas apenas em junho e há, sobretudo, a hipótese da aliança ser renovada no segundo turno. Aníbal fez a declaração durante entrevista ao programa ¥Domingo¥, da Rede Bandeirantes.
Sem plano ´B´
O dirigente negou categoricamente que os tucanos dispõem de um ¥plano B¥ caso a candidatura José Serra não se afirme como viável. ¥Como disse o nosso Arthur Virgílio (secretário-geral da Presidência da República), o nosso plano é o plano S, é o plano Serra. Ninguém entra numa disputa dessa com um plano B ou plano C. Nós só temos um candidato, agora, na convenção e na eleição: é o senador José Serra.¥
Precipitação
Para Aníbal, a saída do PFL do governo foi uma decisão precipitada, ¥porque não ajuda a esclarecer todo o episódio e não ajuda a governabilidade¥. Segundo o dirigente tucano, o PFL tem sido um parceiro importante do governo ao longo dos últimos sete anos. ¥A governabilidade, nestes sete anos, ajudou muito o Brasil, tanto na estabilidade econômica como política. E a nossa expectativa é de que o PFL, tendo saído do governo, mantenha o seu compromisso (com a governabilidade) e que vote a CPMF na terça-feira (amanhã).¥ Lembrou que, a cada semana sem a prorrogação da CPMF, o governo perde de 400 a 500 milhões de reais em arrecadação. ¥O País não pode abrir mão disso.¥
ACM reitera rancor a Serra
Entrevistado na noite passada no ¥Passando a Limpo¥, da Rede Record, o ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) dedicou boa parte do programa fazendo críticas ferozes ao presidenciável do PSDB, senador José Serra (SP), a quem acusou de detestar o Nordeste. ACM poupou os demais presidenciáveis e sobre a candidata de seu partido, Roseana Sarney, afirmou que ela está na obrigação de demonstrar que foi vítima de uma conspiração tucana e reiterou sua confiança de que ela esclarecerá as suspeitas de que a empresa Lunus, na qual é sócia com seu marido, Jorge Murad, esteja envolvida em desvios de recursos da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).
As palavras
Eis uma das declarações de ACM sobre o candidato do PSDB: ¥Sinceramente, eu acho (o Serra) um preconceituoso, é cheio de problemas. Amanhã, eu vou apanhar pra burro na imprensa, mas não faz mal, porque muita gente me abraça na Bahia quando falo mal dele.¥