PSDB – PE

Apoio ao governo está condicionado a desdobramentos dos fatos políticos, diz Betinho Gomes

 

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) foi o convidado do programa Ponto Político, da TV JC, nesta segunda-feira (19). O tucano reafirmou que a decisão do partido de se manter na base de apoio ao governo Temer está condicionada aos desdobramentos dos fatos políticos e sobretudo ao conteúdo da denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, prevista para ser apresentada em breve.

Betinho lembrou que o apoio do PSDB ao governo esteve, desde o início, amparado na decisão do presidente Temer de tocar as reformas imprescindíveis à recuperação da economia brasileira.

“Diante dessa grave crise, que não começou agora, ela vem desde o governo Dilma, o partido defendeu que continuemos apoiando a agenda de recuperação do país. A decisão da executiva nacional foi de manter apoio ao governo mas avaliar o desdobramento dos fatos políticos. Se houver efetivamente uma denúncia, essa posição será novamente avaliada. A grande preocupação não é com o presidente Temer, mas com a economia do país. Então a postura conservadora de alguns, nesse instante, de não sair do governo foi para garantir a estabilidade econômica”, argumentou.

Apesar da crise, o tucano acredita que algumas reformas devem avançar no Congresso Nacional, a exemplo da trabalhista. Mas os graves escândalos revelados no campo da político exigem do Legislativo, na sua opinião, o avanço também na aprovação da reforma política.

“A reforma trabalhista deve avançar, apesar desse ambiente de crise, ela já se encontra em fase avançada no Senado. Mas por conta da crise política, precisamos avançar na reforma política. Já estamos discutindo uma proposta, através da PEC 282 que se encontra em comissão especial. O Brasil não pode deixar de fazer uma reforma política. O sistema atual está esgotado. Nós temos um sistema que estimula o surgimento de muitos partidos. Por isso tenho defendido a aprovação da PEC 282 que cria uma cláusula de desempenho e o fim das coligações proporcionais. Com isso, a gente acaba com essa farra de partidos que surgem na base do toma lá, dá cá. A crise está impulsionando uma tomada de decisão em relação à reforma política”, avaliou.

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