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Arena do Corinthians foi presente para Lula, diz presidente do conselho de administração da Odebrecht

Robson Ventura/Folhapres
Robson Ventura/Folhapres

Brasília (DF) – Surgem indícios de mais uma das vantagens indevidas possivelmente recebidas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em retribuição aos contratos fechados entre o governo federal e a construtora Odebrecht.

Em acordo de delação premiada em fase de negociação, o presidente do conselho de administração do grupo, Emílio Odebrecht, afirmou que a Arena do Corinthians, construída pela empreiteira, foi uma espécie de presente para Lula, torcedor do time.

As informações são de reportagem deste domingo (23) da Folha de S. Paulo.

Segundo Emílio, o estádio foi uma retribuição à ajuda de Lula ao grupo durante os oito anos em que comandou o país, de 2003 a 2010.

Sob os governos do PT, de 2003 a 2015, o faturamento da Odebrecht se multiplicou por sete, pulando de R$ 17,3 bilhões para R$ 132 bilhões, em valores nominais.

Os relatos do pai do ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado e condenado a 19 anos de prisão na Lava Jato, ainda deverão ser homologados pela Justiça.

Conhecida como Itaquerão, a arena do Corinthians, na zona leste de São Paulo, foi construída pela Odebrecht de 2011 a 2014, e custou R$ 1,2 bilhão, quase 50% acima da estimativa inicial do projeto, de R$ 820 milhões. A obra foi financiada por recursos do BNDES, que desembolsou R$ 400 milhões, títulos autorizados pela Prefeitura de São Paulo e empréstimos em bancos privados.

A ideia de construir o Itaquerão, segundo relatos obtidos pela Folha, teria partido do próprio Lula, que atribuía os maus resultados do Corinthians à falta de um estádio.

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