Brasília – Caso o plano do governo de Dilma Rousseff para o ajuste fiscal seja cumprido na íntegra, a participação dos impostos no PIB nacional deverá subir em 0,8% e o montante adicional pago pelos brasileiros será de R$ 47,8 bilhões.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) e foram publicados pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira (11). O aumento dos tributos será o dobro do verificado em 2014, caso a meta da gestão Dilma seja alcançada.
Outra projeção, feita pelo economista Mansueto Almeida, tem números ainda maiores: a projeção contempla a elevação de preços causada pelo fim de subsídios no setor elétrico, que aumenta o preço da conta de luz e a fatia de impostos a ela vinculados.
A única possibilidade de o peso dos tributos ser um pouco menor no fechamento das contas de 2015 seria motivada por uma economia feita pelos cidadãos: com menos dinheiro no bolso, os brasileiros movimentariam menos a economia e, por consequência, gerariam menos tributos.
“Ao longo de todo o mandato de quatro anos, o ajuste vai exigir uns R$ 200 bilhões, e não há a menor dúvida que no mínimo metade disso, uns R$ 100 bilhões, terão de vir de aumentos de carga tributária”, disse Almeida ao Estadão.