Após um período de crescimento, ao longo do segundo semestre de 2001, as taxas médias de juros cobradas nas operações de crédito voltam a ¥ter um pequeno recuo¥, em fevereiro, segundo o Chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes. Hoje, o Banco Central divulgou o relatório sobre o desempenho das operações de crédito no mês. De acordo com o documento, foi registrada taxa média de juros de 61%, ao ano, nas operações de crédito, em fevereiro, com queda de 0,2 ponto percentual, no mês, e de 0,9 ponto percentual, no trimestre. No ano e em doze meses, houve aumento de 0,8 ponto percentual e 7,8 pontos percentuais, respectivamente.
Nas operações com empresas, a taxa média cobrada ficou em 43,8%, ao ano, com redução de 0,4 ponto percentual, no mês, e de 0,2 ponto percentual, no trimestre. No ano permaneceu estável, e em doze meses, teve incremento de 6,4 pontos percentuais. As pessoas físicas pagaram taxa média de 72,4%, ao ano, com queda de 0,4 ponto percentual, no mês, e de 1,7 ponto percentual, no trimestre. No ano, o aumento foi de 0,6 ponto percentual e, em doze meses, de 6,1 pontos percentuais.
A taxa média do spread cobrado pelas instituições financeiras (custo entre a captação e o repasse dos recursos), em fevereiro, atingiu 41,8%, ao ano, com crescimento de 0,2 ponto percentual, no mês, de 0,3 ponto percentual, no trimestre, de 1,9 ponto percentual, no ano, e de 4 pontos percentuais, em doze meses.
O spread médio cobrado das empresas ficou em 25,2%, ao ano, com queda de 0,1 ponto percentual, no mês, e elevação de 0,7 ponto percentual, no trimestre, de 0,8 ponto percentual, no ano, e de 3 pontos percentuais, em doze meses.
A taxa de spread para pessoas físicas foi, em média, de 52,9%, ao ano, com aumento de 0,2 ponto percentual, no mês, e queda de 0,2 ponto percentual, no trimestre. No ano e em doze meses, houve elevação de 1,9 pontos percentuais e de 2,3 pontos percentuais, respectivamente.
De acordo com o relatório do Banco Central, o saldo das operações de crédito do sistema financeiro, em fevereiro, alcançou R$ 334,4 bilhões, registrando crescimento de 0,3%, no mês. Com esse resultado, a participação dos empréstimos em relação ao Produto Interno Bruto – PIB manteve-se em 26,8%.
Lopes definiu como estável o volume de crédito, em fevereiro, acrescentando que é característica sazonal do mês. Ele destacou o crescimento dos financiamentos do BNDES, principalmente ao setor elétrico, que em fevereiro tiveram incremento de 2,6%, e a elevação de 1,5% nos financiamentos rurais destinados a investimentos.
O representante do Banco Central observou que as taxas de inadimplência permanecem nos mesmos patamares, com 8,5% do total das operações de crédito, mesmo percentual registrado em janeiro. Para as pessoas físicas a inadimplência subiu de 14,8% em janeiro para 14,9%, em fevereiro. Nas operações com as empresas foram registrada inadimplência de 4,3% contra 4,4%, em janeiro.