PSDB – PE

Betinho Gomes expõe contradições do Brasil ‘Pátria Educadora’ de Dilma

Deputado federal Betinho Gomes no canto da mesa em audiência da Comissão de Educação
Deputado federal Betinho Gomes, no canto da mesa, em audiência da Comissão de Educação

A Comissão de Educação da Câmara Federal realizou audiência, nesta terça-feira (26), para tratar de alternativas de financiamento da educação básica no Brasil. Autor do requerimento que convocou a reunião, o deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) criticou a postura do governo, que fala em “pátria educadora”, mas promoveu um corte no orçamento da Educação da ordem de R$ 9 bilhões. “Uma posição de total contradição”, afirmou.

O tucano também questionou o piso salarial, ressaltando o fato de o governo federal não se preocupar com a situação em que se encontram estados e municípios, muitos em situação delicada sem conseguir pagar o que estabelece a lei. “E o governo federal não complementa e não contribui de maneira substancial para o pagamento do piso”, constatou o parlamentar.

O tucano cobrou, ainda, mais compromisso com questões como a das creches, argumentando que a União dá o recurso para a construção, mas não tem uma política de manutenção. O valor da merenda escolar repassado ao município também foi criticada pelo deputado. Segundo ele, há situação em que se paga apenas R$ 0,30 por merenda, portanto, uma quantia insuficiente para que os municípios possam garantir uma merenda de qualidade.

O deputado lamentou, principalmente, a falta de interesse da União em regulamentar o Art.23 da Constituição Federal, que define as responsabilidades dos governos estaduais, municipais e federal sobre a educação apesar de o Programa Nacional de Educação já estar em vigor. “Isso é prejudicial porque sem essa regulamentação ficará difícil garantir os recursos necessários para uma política de qualidade”, argumentou o congressista.

Por falar em recursos para o setor, o deputado Betinho Gomes ressaltou que outro gargalo da educação no Brasil está na falta de clareza de onde eles vêm embora o PNE tenha como meta a aplicação de 10% do PIB até o seu término. O tucano ressaltou que o pré-sal é uma dessas fontes, mas não há, ainda, nenhuma amarração para que o recurso seja aplicado, ou seja, tem a intenção, mas ainda falta destravar questões pendentes como a regulamentação e a garantia de financiamento. “Todos esses questionamentos serviram para mostrar que o governo federal não priorizou a educação nesse período como diz na sua propaganda”.

* Informações da assessoria do deputado

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