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Bruno Araújo: “Entrei de cabeça erguida e saio de pé, fiel à tradição de zelo com a coisa pública”

Foto Orlando Brito

 

No dia seguinte ao pedido de exoneração do cargo de ministro das Cidades, o deputado federal e presidente eleito do PSDB de Pernambuco, Bruno Araújo, comentou sua decisão “pessoal” de sair do governo para assumir uma nova tarefa a partir de agora, a de “reconstrução da unidade” do partido.

Em entrevista a rádio Jornal do Commercio, nesta terça-feira (14), o tucano garantiu que sua saída não comprometerá os recursos liberados para obras por todo o país, e em especial em Pernambuco, pois estão todos assegurados pela sua gestão à frente das Cidades.

“É prego batido, ponta virada (os recursos para Pernambuco) em contratos assinados, somente para saneamento são cerca de R$ 1 bilhão, e todos os demais recursos em obras em andamento, além de novos contratos distribuídos com municípios no estado inteiro e, sobretudo, no anúncio das mais de 5.400 unidades habitacionais, um investimento de R$ 400 milhões que devem gerar 10 mil empregos, do programa Minha Casa, Minha Vida. Saio do ministério com a sensação de dever cumprido. Entramos de cabeça erguida e saímos de pé no mais fiel à tradição de Pernambuco de cuidar da coisa pública com zelo”, disse Bruno.

O ex-ministro reafirmou o papel que cumpriu ao participar do governo do presidente Michel Temer, por indicação do PSDB: o de “estabilizar os programas sociais, restabelecer os compromissos financeiros e, o mais importante, deixar o Cartão Reforma entregue para começar a beneficiar milhares de brasileiros”.

“Deixo o governo com a tarefa reconhecida em todo o Brasil de governança implantada e de recursos entregues. Ajudamos a dar estabilidade ao país e agora iniciamos uma nova fase de reconstrução e unidade partidária. Sempre tive vida partidária, os cargos que ocupei foi sempre agindo pelo coletivo, e ficou claro que, para manter esse nível de construção coletiva, era a hora de deixar”, reafirmou.

Bruno Araújo na convenção (5/11) que o elegeu presidente do PSDB de Pernambuco

O ministro negou qualquer pressão por parte do PSDB à sua exoneração. Lembrou que todos seus mandatos e cargos foram como representante do PSDB e, diante do nível de convivência que conquistou no partido, o PSDB “acolheu bem sua decisão e o deixou à vontade para, agora, ajudar a construir uma unidade partidária”.

“Essa foi uma decisão pessoal. Toda minha vida pública foi por um único partido. Fui líder do PSDB na Câmara, líder da oposição pelo PSDB, líder na Assembleia pelo PSDB, presidente da Assembleia pelo PSDB, ministro de estado, nunca tive outro partido, conheço a história do PSDB. Senti que era o momento em que não havia mais sustentação na bancada que represento suporte suficiente para dar sequência ao trabalho à frente do ministério. Nunca tive pressão interna graças ao nível de convivência que sempre tive”.

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