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Bruno Araújo: “Fui ser ministro do Brasil e me orgulho do que fiz pelos que mais precisam”

O candidato o Senador Bruno Araújo (PSDB) foi sabatinado nesta quarta-feira (5/9) pela rádio Folha FM, na série promovida pela emissora com todos os postulantes ao cargo. Entre os vários assuntos abordados, Bruno enfatizou que se orgulha de sua história e de seus posicionamentos políticos, como o de aceitar ser ministro das Cidades do atual governo. “Fui ser ministro para ajudar o Brasil e tenho orgulho do que pude fazer pelos que mais precisam”, disse.

“Fui ser ministro do Brasil. Fui ministro e entreguei obras. Olho para trás e tenho muito orgulho da ajuda que pude dar a centenas de famílias que precisam de moradia. Eu entreguei uma carta de demissão a Temer e saí do governo muito antes do grande conjunto dos ministros, mas não para ser candidato, saí porque meu partido discordou de Temer, vamos ser claro! E saí antes do meu partido. Eu não fui ser ministro de Temer”.

Leia a entrevista abaixo:

“Está em jogo um mandato de 8 anos. Tenho experiência no Executivo e produção legislativa”

Um ministro das Cidades é praticamente um ministro da habitação. Então você imagina se um ministro da Habitação termina seu ministério e não constrói uma casa! Fiz 20 mil em Pernambuco. Agora imagina um ministro da Saúde que não construiu um hospital!? Foi o que aconteceu na gestão de Humberto Costa. Já votei em Jarbas para o governo, ele foi um excelente governador, agora é um péssimo parlamentar. Jarbas não tem produção legislativa. Ele não tem uma lei construída no mandato de deputado federal. Está em jogo agora um mandato de 8 anos. Tenho experiência no Executivo, produção legislativa, e é isso que quero entregar e poder representar os pernambucanos no Senado.

“Peguei o ministério num momento muito ruim do país e entreguei milhares de obras”

Fui chamado para ser ministro e como todo bom pernambucano, que não foge da parada, aceitei. Sempre que tiver uma missão para ajudar Pernambuco, pode me chamar que estou pronto. É fácil ser bom no bom, difícil é ser bom no ruim. Nós fomos bom no ruim. Peguei o ministério num momento muito ruim do país e entreguei milhares de obras, 20 mil casas, muito trabalho pelo Brasil… Nos juntamos para cuidar de Pernambuco. Temos posicionamentos políticos diferentes, mas quem pesquisar verá que mesmo os meus posicionamentos contrários aos governos do PT estão no campo da politica, o que não acontece do outro lado. Vemos Jarbas envergonhado de pedir voto para Humberto e vice-versa.

“Temos que discutir as questões do Estado, sem cortina de fumaça”

A questão nacional é usada como cortina de fumaça para evitar o debate sobre os problemas de Pernambuco. Lula e Temer não são candidatos. Temos que discutir é o desastre que é a saúde, a insegurança pública, e sobretudo a questão do desemprego que ajudei a atenuar com a construção de mais de 20 mil casas para as pessoas que mais precisam.

“Coerência política é um ativo que tem de ser respeitado”

Nunca tive outro partido, tenho 20 anos de vida pública todos pelo PSDB, vou disputa a sexta eleição pelo mesmo partido. Respeito as divergências, as pessoas têm direito de ter posições diferentes. Mas quem conta comigo sabe que eu tenho posição e coerência politica, isso vale na vida pessoal e na vida pública. Isso é um ativo que tem de ser respeitado.

“Milhões de brasileiros estavam a favor do afastamento da Dilma porque não dava mais o tamanho do desemprego”

Pernambuco respeita coerência, posições. Todos que me conhecem sabem que tive discordâncias com o PT, não escondo minha biografia, não tenho vergonha da minha história. Jarbas também votou pelo afastamento de Dilma.  Vale muito mais ser respeitado pela sua coerência ou pelo seu oportunismo? Não me arrependo nenhum minuto das posições políticas que adotei. É com elas que seremos julgados. Veja a posição do PT? Dilma está elegível e não vimos mobilização do PT pra lançá-la presidente! Por que Dilma foi ser candidata a senadora em Minas Gerais? Milhões de brasileiros estavam a favor do afastamento da Dilma porque não dava mais o tamanho do desemprego. Fizemos um movimento de transição e agora vamos fazer um governo legitimamente pelo voto elegendo um novo líder.

“Tenho vida legislativa ativa que justifica meu mandato de senador”

Sou autor, junto com meu partido, de um projeto de redução da máquina pública, de redução do número de deputados federais e senadores, de redução do custeio do Congresso Nacional. Isso não é discurso, é prática. Nós queremos votar essa matéria porque minha disposição é de trabalhar todos os dias. No Executivo ajudei meu Estado e tenho vida legislativa ativa. Muitos dos candidatos ao Senado não entregaram no Congresso uma produção sequer que justifique serem senador.

“Os eleitores merecem conhecer os candidatos olho no olho”

Essas entrevistas são um espaço extremamente democrático e eu agradeço o convite. Mas acho que Pernambuco precisa de um debate entre os candidatos ao Senado. São 8 anos de mandato, uma missão muito importante. Eu gostaria de debater com Jarbas, com Humberto… Tenho certeza de que Mendonça está disponível. Torço para que até o dia da eleição os 6 milhões de eleitores possam conhecer os senadores olho no olho.

“Quero ser um senador que cuide de modo especial da habitação”

Na Câmara entreguei ao Brasil todo o Código de Ciência, Tecnologia e Inovação. Entreguei a possibilidade de o brasileiro não pagar mais imposto nos alimentos da Cesta Básica. Quero ser um senador que cuide de modo especial da habitação, como fiz como ministro. Quero colocar pra funcionar o que já existe na saúde. Jamais gostaria de ter sido ministro da saúde sem ter construído um hospital em Pernambuco. É com toda essa experiência que ajudarei meu Estado. E mais importante: quero fazer votar a minha proposta de redução dos gastos públicos.

“A gente precisa de disposição, Senado não é lugar de descanso”

Me preparei para chegar até aqui. Quero ser senador para fazer o que fiz ao longo de minha vida, ajudar a vida das pessoas. Levar novas ideias, soluções práticas, propostas objetivas. Enquanto Paulo Câmara prometeu na eleição passada milhares de casas para Pernambuco e não entregou em 4 anos, eu, sem prometer nada, ajudei com 20 mil casas para o Estado em dois anos. O que a gente precisa é isso, disposição. Senado não é lugar de descanso. Nos próximos anos dá pra gente fazer muita coisa e construir um novo momento em Pernambuco onde se gere empregos e melhoria da qualidade de vida das pessoas.

“O pernambucano não perdoa covardia e fraqueza na vida pública”

Quem tirou a autonomia do Porto de Suape foi Dilma, do partido de Humberto Costa, do PT, que foi omisso nessa questão. Isso é que é grave. Se a caneta fosse minha, o governo não teria deixado a Dilma tirar isso do Estado. O governo do PSB foi cúmplice nessa decisão. A gente espera que isso se resolva. Paulo é padrinho de Temer, cuidou de pegar seus secretários – que eram todos deputados federais – e os liberou para ir a Brasília pra tirar a Dilma. Eu não tenho vergonha da minha história. Votei pelo afastamento da Dilma porque como milhões de brasileiros achava que não dava mais. Paulo Câmara e o PSB fizeram o mesmo e mentem, são frouxos, covardes. O pernambucano não perdoa covardia e fraqueza na vida pública.

“Excessos de judicialização afastam as pessoas da política”

O país precisa parar e ter serenidade. Deu trabalho encontrar alguém nessas eleições disposto a assinar uma ficha de filiação, e gente de bem, então algo está errado. Como é que vai ser tocada uma sociedade? Um Estado, uma cidade é como um condomínio gerenciado por um síndico que é um político, um agente público. Na hora em que ninguém quer ser, o que vai ser amanhã? Esses excessos (judicialização) ajudam também a afastar as pessoas da política.

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