O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB-PE), explicou as razões pelas quais Pernambuco lidera o ranking dos estados mais atendidos pelo programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”. Ao participar do debate da rádio Jornal do Commercio, nesta sexta-feira (10/11), o ministro informou que os critérios técnicos estabelecidos pela sua gestão, para dar “governança” ao programa, priorizaram os estados que desde a criação do MCMV, em 2009, estavam entre os menos contemplados com unidades habitacionais.
Ao tomar essa decisão, esclareceu que estados como Minas Gerais, Bahia e Ceará – todos administrados pelo PT – também figuram entre os mais atendidos pelo “Minha Casa, Minha Vida”. São 12 mil, 4 mil e 4.200 unidades autorizadas, respectivamente.
“Para a aplicação do dinheiro público tem de haver critérios transparentes. Qual foi a decisão que tomei como gestor do Minha Casa, Minha Vida? Vamos atender os locais do Brasil que foram menos atendidos. Esse é um critério justo. Desde 2019, quando começou o programa, Pernambuco foi um dos menos atendidos. Então, houve uma decisão política de prestigiar o estado. Isso garantiu a Pernambuco tirar um atraso e se tornar o 3º estado da federação mais bem atendido por justiça e por critério técnico. No dia em que eu tiver que apresentar ao país o porque de tantos recursos postos em Pernambuco em saneamento, habitação e mobilidade, haverá critérios técnicos que nos resguardam de qualquer acusação”, esclareceu.
O ministro Bruno Araújo deve comparecer, em breve, à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados para falar sobre os programas habitacionais conduzidos pela pasta da qual é titular. O requerimento foi feito pelo deputado Hugo Motta (PMDB-PB).
“Essa convocação para explicar porque pus tanto dinheiro em Pernambuco mostra que estamos no caminho certo. Em um ano e seis meses à frente do ministério das Cidades, temos mais de R$ 3 bilhões de transferência de recursos para Pernambuco. O que implantamos foi governança . O número de contratos na área de saneamento equivalia a 40 anos do orçamento do ministério das Cidades. Mobilidade equivalia a 60 anos. Chamamos governadores e prefeitos para mudar esse cenário. Estive hoje (nesta sexta, 10/11) com o prefeito Geraldo Júlio e no Recife são R$ 150 milhões de obras”, esclareceu.
Durante o debate na rádio Jornal do Commercio, o ministro listou alguns dos empreendimentos trazidos para Pernambuco em sua gestão como ministro das Cidades. São 5.400 unidades habitacionais já autorizadas, o que significa R$ 400 milhões de investimentos, que vão gerar 10 mil empregos diretos em 19 municípios atendidos. “Somente para o Recife serão 940 unidades. É o maior atendimento do Minha Casa, Minha Vida no Recife que só tinha sido atendida com 140 unidades”.
Bruno informou, ainda, as mudanças que promoveu no “Minha Casa, Minha Vida” no sentido de ampliar o número de cidades atendidas pelo programa habitacional. “O programa só podia atender municípios com população acima de 50 mil habitantes. Nós permitimos levá-lo a municípios abaixo desse contingente populacional e isso fez com que ele fosse para quase 400 municípios, quando atingia apenas 70. Em São Joaquim do Monte (PE), por exemplo, um empreendimento do programa lá custa a receita equivalente a um ano do município (R$ 9 milhões)”, informou.