Apresentação
Educação: A revolução necessária
Palavra do Ministro
Estamos mudando o País pela Educação “
Lutar pela Educação é combater a injustiça social no Brasil
Toda Criança na Escola]
Ensino Médio Tecnológico
Nasce uma nova escola
O fim de um longo período de estagnação
Educação
A revolução necessária
Conhecer os resultados da ação dos ministros tucanos é
fundamental para que todos nós, militantes do PSDB, possamos dispor das informações
essenciais na luta cotidiana para a transformarmação do Brasil
Senador Teotonio Vilela Filho
Presidente Nacional do PSDB
Deputado Federal Márcio Fortes
Secretário-Geral Nacional do PSDB
Senador Lúcio Alcântara
Presidente do Instituto Teotônio Vilela
É com grande
satisfação e orgulho do Partido que a série Cadernos 45 começa com o
fantástico trabalho do tucano Paulo Renato no Ministério da Educação.
O PSDB está realizando muito no governo Fernando Henrique, nos
governos estaduais e nas prefeituras tucanas. É uma verdadeira revolução que está
transformando a sociedade brasileira e preparando o País para o futuro. Os resultados que
já estamos alcançando não são apenas conseqüência da dedicação, da ética e da
competência dos tucanos. Eles são o exercício de um ideal Social
Democrata. Nossos conceitos, nossa ideologia, estão presentes e frutificando na ação do
Partido e do Governo.
Estamos exercendo e radicalizando a democracia, estamos
descentralizando, estamos promovendo a igualdade e combatendo privilégios em todas as
áreas e em todas as frentes. Os tucanos de todo o País, no Governo do companheiro
Fernando Henrique, nas ações de nossos governadores, prefeitos, no Congresso,
Assembléias Legis-lativas, Câmaras de Vereadores e na militância partidária, são
parceiros dessas ações, responsáveis pelos sucessos, mas principalmente estimuladores
dos avanços que precisamos construir. É esse o objetivo da série Cadernos 45.
Merece destaque a ação do tucano Paulo Renato. Com competência,
seriedade e convicção, ele revoluciona a Educação com os olhos voltados para o futuro,
com a visão de um estadista. Paulo Renato tem a lucidez dos homens públicos de coragem,
que transformam a realidade que encontram e sedimentam ações permanentes de um novo
Brasil.
Tucanos e tucanas, conheçam e divulguem com orgulho nossas conquistas
e desafios na área de educação, conduzidos pelo companheiro Paulo Renato, sob a
inspiração do tucano Fernando Henrique. Vejam como são coerentes com nosso pensamento
Social Democrata e se orgulhem deles.
Estamos mudando o País pela Educação
A gestão tucana assumiu como tarefa a missão de ensinar
as nossas crianças a ler e escrever, instrumento que lhes dará condições de
interpretar o mundo de modo crítico e assim exercer plenamente a cidadania
Paulo Renato Souza
Ministro da Educação
Todos nós que militamos no PSDB temos claro o papel
da social democracia em um País como o nosso – marcado por enormes e seculares
desigualdades sociais, por uma distribuição de renda próxima dos padrões africanos e
pela quase inexistência de tradição no exercício da democracia.
Os desafios que temos de enfrentar são ainda maio-res, em função da herança
histórica de nosso País e de o PSDB ter nascido em um período de profundas
transformações nos planos social, econômico e político em escala mundial – a
globalização que tornou as relações entre países mais próximas, porém mais
complexas; o desabar de modelos autoritários de transformação social com a queda do
Muro de Berlim e o advento de uma nova fase do capitalismo, marcada pela velocidade e
instantaneidade das informações com a Internet, que mudou hábitos e costumes.
A história viria colocar diante de nós muito rapidamente, não só a tarefa de
formular políticas públicas mas, a de implementá-las com a eleição do pre-sidente
Fernando Henrique, em 1994, e sua reeleição, em 1998, ambas já no primeiro turno. Não
fugimos aos desafios.
Como tucano, militante de um Partido que se constrói com a energia e o entusiasmo de
milhões de brasileiros de todos os recantos, sinto um imenso orgulho por tudo o que
estamos realizando no governo, mesmo em um ambiente de enormes dificuldades provocadas
pela crise econômica mundial.
Estamos, com a participação de prefeitos, vereadores, governadores e com o apoio e a
parceria de pais, estudantes, educadores e de toda a sociedade, realizando uma verdadeira
revolução na Educação. Por justiça, não devo deixar de lembrar também a enorme
contribuição dos companheiros tucanos das bancadas na Câmara dos Deputados e no Senado
Federal, que têm ajudado a aprovar e aperfeiçoado os projetos e idéias que estão
melhorando a qualidade da educação brasileira.
Sabemos que universalizar e melhorar a qualidade da Educação é mais que uma
necessidade inadiável: é pré-condição para garantir a todos os brasileiros o
exercício da cidadania e a inserção do nosso País, de forma soberana, na nova ordem
econômica mundial. Não conseguiríamos enfrentar com sucesso os desafios, porém, se
não estivéssemos adotando no enfrentamento das dificuldades, princípios que tem sido a
marca das gestões tucanas nos governos federal, estaduais e municipais. Princípios como
o da igualdade de oportunidades, a defesa intransigente da democracia, a
descentralização e a transparência na gestão dos recursos, o combate aos privilégios,
a ética e a competência.
O PSDB e os seus militantes, como de resto toda a sociedade, sabem que não se muda a
realidade da noite para o dia, especialmente numa área como a Educação, em que as
transformações são lentas e difíceis. Entretanto, o fato de todos os indicadores
educacionais disponíveis apontarem a melhoria da qualidade, é a maior evidência de que
estamos no rumo certo quando priorizamos a educação fundamental e de base, e representa
um enorme estímulo a todos os tucanos, que sabem que, apesar das dificuldades e
sacrifícios e, muitas vezes, da incompreensão de muitos, estamos construindo um Brasil
mais justo e solidário.
Na gestão do ministro Paulo Renato estão sendo aplicados
princípios da social democracia, como o da igualdade de oportunidades
Discriminação
Lutar pela Educação é combater a injustiça social no
Brasil
Historicamente, as elites brasileiras sempre mostraram
descaso com a educação das massas, o que reproduziu ao longo dos séculos a exclusão
social de milhões de brasileiros
Por que o Brasil ainda convive com níveis
vergonhosos de pobreza e de desigualdade, mesmo havendo chegado à condição de décima
economia do mundo? Para um social-democrata, para um tucano, a resposta é uma só: porque
jamais se preocupou, verdadeiramente, em educar seu povo. Lutar pela educação, portanto,
é combater as injustiças.
O descaso das elites brasileiras com a educação
das massas é a face mais perversa – porque auto-reprodutiva – da injustiça social. Nos
últimos trinta anos, o analfabetismo caiu pela metade. Mesmo assim, é chocante que, às
vésperas do século XXI, o País ainda tenha 14,7% de analfabetos com mais de 14 anos de
idade _ cerca de 15,9 milhões de pessoas. Esse atraso monumental coloca o Brasil em
situação desvantajosa dentro da própria América Latina e é o principal obstáculo, a
longo prazo, para a redução da pobreza e da exclusão social.
Lutar contra a injustiça social significa combater, também, a
marginalização secular a que quase metade da população brasileira foi relegada. São
os 44% de cidadãos negros e mestiços, cujos antepassados, ex-escravos e seus
descendentes, formaram a primeira grande massa de brasileiros excluídos.
A pesada herança da escravidão cobra um alto preço até hoje. Cerca
de 70% dos pobres e miseráveis são negros ou mestiços. A taxa de analfabetismo é de 9%
entre os brancos e de 22% entre os afro-descendentes. A população branca tem, em média,
6,2 anos de estudo, enquanto os negros e mestiços têm 4,2 anos.
Há muitas outras evidências de que o atraso educacional de décadas e
a baixa escolaridade média da população brasileira são responsáveis, em grande
medida, pelas desigualdades sociais e por uma das maiores concentrações de renda do
planeta. Sabe-se que 45% dos chefes de famílias indigentes nunca frequentaram a escola ou
abandonaram-na antes de completar um ano de estudo.
O descaso com a educação também acentuou as desigualdades regionais.
Em 1995, os brasileiros da região Nordeste, a mais pobre do País, tinham quatro anos de
estudo, em média, dois a menos do que os habitantes das regiões Sul e Sudeste, as
maisricas.
As tarefas na área educacional são enormes. Aqui reside
uma das principais funções do Estado Democrático. Constatar que a pirâmide da
escolaridade começa a crescer no vértice é um bom sinal. Representa um salto
qualitativo nas taxas médias de escolaridade da população. Não se pode esmorecer nesse
campo. …O MEC, nos limites de sua competência, tem atuado de modo diligente e
comresultados palpáveis nessas áreas. Vale insistir e aprofundar o processo.
(Jornal O Estado de São Paulo, 04/10/1999)
Essencial para a construção de uma sociedade mais justa, solidária e
integrada, a educação é requisito tanto para o pleno exercício da cidadania como para
o ingresso e o progresso, no mercado de trabalho. O desemprego é menor entre os
trabalhadores com maior escolaridade, e a cada ano de estudo corresponde 15% a mais no
valor do salário.
As transformações no mercado de trabalho, que se aceleraram na
década de 1990, tendem a excluir a mão-de-obra menos qualificada e incapaz de acompanhar
os avanços tecnológicos. A capacitação torna-se o principal fator de conquista e de
manutenção do emprego.
Em 1991, os trabalhadores de menor escolaridade representavam cerca de
39% da população ocupada; em 1998, apenas 27,4%. No mesmo
período, os trabalhadores com nove a onze anos de estudo aumentaram sua participação de
21% para 28%, no total da população ocupada.
Na campanha eleitoral de 1994, o candidato do PSDB, Fernando Henrique,
dizia que “é preciso lucidez para diagnosticar, competência política para fazer e
convicção para perseverar.” Em seu programa de governo, “Mãos à Obra,
Brasil”, comprometeu-se a repensar o Brasil de um ângulo democrático e social,
ouvindo a sociedade e procurando responder aos seus anseios. A educação era e continua
sendo um deles.
“O Brasil somente será um país respeitado e capaz de construir uma
sociedade de bem-estar quando tiver um povo educado.”
Paulo Renato Souza
Ao assumir a Presidência da República, em 1995, Fernando Henrique
elegeu a educação e, particularmente, o ensino fundamental, como prioridade absoluta. De
inspiração nitidamente social-democrata e alicerçado na busca da igualdade de
oportunidades, o programa de governo para a educação incorporou os princípios da
universalização, descentralização, municipalização, participação da comunidade na
gestão das escolas e maior controle social do gasto público e dos resultados. Para
moralizar o sistema, o Ministério da Educação definiu critérios justos, objetivos e
transparentes de distribuição e repasse de recursos, de acordo com o número de
crianças matriculadas.
À frente do ministério desde o início do governo, o
ministro Paulo Renato Souza virou um caçador de boas idéias, no Brasil e no exterior. O
próprio FUNDEF é uma idéia que o célebre educador Anísio Teixeira já defendia nos
idos da década de 50. …O dinamismo do MEC de hoje só é comparável ao dos tempos do
governo João Goulart. Naquela época, o país debatia o tema da educação e se
preocupava com a qualidade do ensino. A diferença é que, no governo Jango, a educação
era uma pauta política. …Agora, a discussão ficou mais técnica. As iniciativas do
Ministério da Educação têm sido bem recebidas. Na essência, há certo consenso de que
o MEC está no caminho correto.
(Revista Veja, 28/4/1998)
Os extraordinários avanços registrados, nos últimos cinco anos,
comprovam que o Brasil acertou o passo e está recuperando
seu atraso educacional. Alguns resultados resumem o sucesso da estratégia adotada:
houve uma forte expansão do acesso ao ensino
fundamental. A proporção de crianças de 7 a 14 anos matriculadas na escola passou de
89%, em 1994, para 96%, em 1999. Com isso, foi antecipada e superada a meta estabelecida
pelo Plano Decenal de Educação para Todos, que previa elevar para 94%, pelo menos, a
cobertura da população em idade escolar até 2003;
no ensino médio, o aumento do número de
matrículas foi vertiginoso: 57%, de 1994 a 1999. Apenas neste último ano, a expansão
foi de 11,5%, chegando a 24% em alguns estados, como Minas Gerais. Isso significa que há
mais jovens concluindo o ensino fundamental e prosseguindo os estudos, até por exigência
de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo;
as desigualdades regionais estão diminuindo.
Na região Nordeste, a matrícula no ensino fundamental cresceu cerca de 27% contra 13% do
conjunto do País; no ensino médio, aumentou 62% contra 57% no País;
somadas as matrículas em todos os níveis de
ensino, o Brasil tem, hoje, cerca de 54,3 milhões de estudantes. Nada menos que um terço
da população brasileira está no colégio. As escolas do setor público atendem, agora,
a 45,8 milhões de alunos na educação básica _ infantil, fundamental e média _ o que
significa 87,8% do total de estudantes.
PROGRAMAS
Ensino Fundamental
Toda Criança na Escola
O Fundef corrigiu a desigualdade histórica na divisão de
recursos entre estados e municípios destinados à manutenção e ao desenvolvimento do
ensino com definição clara de responsabilidade no ensino obrigatório
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional _ LDB, aprovada em dezembro de 1996, foi a peça fundamental das profundas
transformações por que passa o sistema educacional brasileiro. Com ela, ficaram claros
os papéis e as responsabilidades de cada nível de governo: União, estados e
municípios. As escolas ganharam maior autonomia, os conteúdos dos currículos
tornaram-se mais flexíveis e a qualificação do magistério foi estimulada.
Para colocar em prática as propostas da nova LDB era necessário mudar
os mecanismos de financiamento da educação, especialmente do ensino fundamental. A maior
conquista, nesse sentido, foi a aprovação, em 1997, da Emenda Constitucional nº 14, que
criou o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério _ FUNDEF.
O Fundef permite que se coloquem em prática muitos dos princípios
da Social Democracia. Ele descentraliza, prevê e estimula a participação democrática
da sociedade e, ao melhorar a educação, procura criar condições de igualdade para as
novas gerações de brasileiros.
O que é o FUNDEF
Criado
por iniciativa do MEC, o FUNDEF corrigiu a histórica desigualdade na
divisão, entre estados e municípios, dos recursos destinados à
manutenção e ao desenvolvimento do ensino. Até então, a Constituição
apenas determinava a aplicação obrigatória de 25% das receitas fiscais
em educação, mas não definia, claramente, as responsabilidades de cada
nível de governo, no ensino obrigatório das crianças de 7 a 14 anos.
A má distribuição dos recursos somava-se à sua má aplicação.
Não havia qualquer correspondência entre a repartição dos recursos e o número de
alunos matriculados. Assim, ocorriam grandes injustiças: o dinheiro que sobrava em
cidades mais ricas com redes municipais de ensino pequenas e poucos alunos faltava em
cidades pobres com grandes redes e muitos alunos.
O grande mérito do FUNDEF está na correção da distorção crônica da
política educacional brasileira, que promovia o crescimento do topo da pirâmide do
sistema escolar, sem que houvesse cobertura suficiente dos níveis inferiores. Essa
priorização do ensino superior em detrimento da educação básica, vezo notoriamente
elitista, mostrava quanto os governos estavam distantes da verdadeira política social,
que tem na universalização e qualificação do ensino fundamental público seu mais
decisivo indicador. … O porquê dessa distorção gritante e prolongada é fácil de
entender: nos círculos de decisão, de onde sai a destinação dos recursos públicos,
falavam mais alto os que mais concentravam riqueza e poder.
(Jornal O Estado de São Paulo, 21/3/1999)
O FUNDEF mudou tudo. Dos 25% que a Constituição
manda os estados investir em educação, 60% _ que equivalem a 15% de toda a arrecadação
fiscal _ devem se destinar, exclusivamente, ao ensino fundamental. A divisão da receita
entre o estado e seus municípios passou a ser proporcional ao número de alunos
matriculados nas escolas de cada rede de ensino. Além disso, 60% dos recursos do Fundo
são usados, obrigatoriamente, para pagar os professores do ensino fundamental.
Barras está sendo considerado modelo na aplicação dos recursos do FUNDEF. O
município foi o que concedeu o sexto maior reajuste salarial de professores em todo o
país. Em dezembro de 1997, o salário médio de um professor era de R$ 152 e em 1998,
saltou para R$ 379.
(Jornal O Dia, do Piauí, 07/4/1999)
De acordo com as regras do FUNDEF, também deve haver um gasto mínimo
por aluno/ano. Sempre que os recursos do Fundo, em um estado, não alcançam esse valor
mínimo, o governo federal faz uma complementação de verbas. Esta medida põe em
prática os princípios de justiça social e de combate às desigualdades regionais,
porque os estados mais pobres são os grandes beneficiados.
Em 1998, primeiro ano de vigência do FUNDEF, foram distribuídos cerca
de R$ 13,3 bilhões. O governo federal entrou com R$ 542 milhões a título de
complementação de recursos, para garantir o gasto mínimo anual por aluno a todos os
estados.
O impacto positivo do FUNDEF foi maior nas regiões Norte e Nordeste _ que
possuem os piores indicadores educacionais do país _ do que no Sul e Sudeste. Dos R$ 2,02
bilhões transferidos aos municípios, R$ 931,1 milhões (46%) foram para o Nordeste e R$
160,9 milhões para o Norte (8%). …Quanto mais pobre o município, maior foi o aumento
no gasto por aluno. Nos municípios que gastavam menos de R$ 100 anuais por aluno, houve
um incremento de 317%. O investimento anual passou de R$ 77,84 para R$ 324,91.
(Jornal Folha de São Paulo, 19/3/1999)
Os primeiros resultados
O
Brasil está muito perto de colocar todas as crianças de 7 a 14 anos na
escola, cumprindo o princípio básico da universalização da educação. Em
1999, o País chegou à marca de 96% das crianças com atendimento
escolar. Em 1994, eram 89%. Nesse período, a matrícula no ensino
fundamental cresceu 13%.
A
grande expansão do sistema, que assegurou o amplo acesso de crianças e
jovens à educação, é uma consequência direta do FUNDEF e do Programa
“Toda Criança na Escola”. Os governos federal, estaduais e municipais e
a comunidade juntaram-se numa campanha nacional para matricular as
crianças que ainda estavam fora da escola.
A matrícula de 5ª a 8ª séries cresceu 27%, entre 1994 e 1999,
mostrando que a qualidade do ensino melhorou, a evasão e a repetência diminuíram e a
escolarização média está aumentando.
Ensino Fundamental Matrícula Inicial por Dependência Administrativa Brasil 1994/99 | |||||
Ano | Matrícula por Dependência Administrativa | ||||
Total | Público | % | Privado | % | |
1994 1 | 32.008.051 | 28.486.693 | 89,0 | 3.521.358 | 11,0 |
19952 | 32.668.738 | 28.870.159 | 88,4 | 3.798.579 | 11,6 |
1996 | 33.131.270 | 29.423.373 | 88,8 | 3.707.897 | 11,2 |
1997 | 34.229.388 | 30.565.641 | 89,3 | 3.663.747 | 10,7 |
1998 | 35.792.554 | 32.409.205 | 90,5 | 3.383.349 | 9,5 |
1999 | 36.170.643 | 32.892.246 | 90,9 | 3.278.397 | 9,1 |
Taxa de Cresc. 94/99 | 13% | 15,5% | ![]() | -6,9% | ![]() |
Fonte: MEC/INEP
Notas: (1) – dados estimados (2) – dados preliminares
A taxa de analfabetismo na população de 15 anos
de idade ou mais está caindo mais depressa, nesta década: era de 20,1%, em 1991, e
diminuiu para 14,7%, em 1997. O esforço intenso dos últimos cinco anos, para
universalizar o ensino fundamental, promoveu um declínio acentuado do analfabetismo entre
os jovens de 15 a 29 anos. Na faixa etária de 15 a 19 anos caiu pela metade, de 12% para
6%. Entre os jovens de 20 a 24 anos, 7% ainda são analfabetos e, entre 25 e 29 anos, 8%.
As altas taxas de analfabetismo tendem, assim, a se tornar um fenômeno cada vez mais
restrito às gerações mais velhas.
População de 15 anos ou mais de idade por situação de Alfabetização segundo grupos de idade e sexo – brasil 1997 | |||||||
![]() | População de 15 anos ou mais por Grupo de Idade | ||||||
Sexo | Total | 15 a 19 anos | 20 a 24 anos | 25 a 29 anos | 30 a 39 anos | 40 a 49 anos | 50 anos ou mais |
Total | 108.025.650 | 16.580.383 | 13.454.058 | 12.303.375 | 23.245.389 | 17.601.643 | 24.840.802 |
Não Alfa- betizado | 15.883.372 | 941.773 | 960.560 | 1.058.705 | 2.382.562 | 2.683.390 | 7.856.382 |
Taxa Analfa- betismo | 14,7 | 5,7 | 7,1 | 8,6 | 10,2 | 15,2 | 31,6 |
Homens | 52.043.984 | 8.312.899 | 6.667.807 | 5.955.295 | 11.197.194 | 8.421.656 | 11.489.133 |
Não Alfa- betizado | 7.608.924 | 637.555 | 599.186 | 623.931 | 1.255.761 | 1.227.800 | 3.264.691 |
Taxa Analfa- betismo | 14,6 | 7,7 | 9,0 | 10,5 | 11,2 | 14,6 | 28,4 |
Mulheres | 55.981.666 | 8.267.484 | 6.786.251 | 6.348.080 | 12.048.195 | 9.179.987 | 13.351.669 |
Não Alfa- betizado | 8.274.448 | 304.218 | 361.374 | 434.774 | 1.126.801 | 1.455.590 | 4.591.691 |
Taxa Analfa- betismo | 14,8 | 3,7 | 5,3 | 6,8 | 9,4 | 15,9 | 34,4 |
Fonte: IBGE _ PNAD 1996/1997 Notas: (1) _ Exclusive a população rural da RO, AC, AM,
RR, PA e AP
A redução do número de analfabetos foi mais
expressiva entre as mulheres: 4%, entre 15 e 19 anos; 5,5%, entre 20 e 24 anos; e 6,4%,
entre 25 e 29 anos. Na década de 1990, as mulheres também passaram os homens em
relação à média de anos de estudo. No período de 1990 a 1996, a média de anos de
estudo aumentou de 5,1 para 5,7 entre os homens e de 4,9 para 6,0 entre as mulheres. Elas
deram um salto de um ano, enquanto eles avançaram meio ano.
Número médio de anos de estudo de pessoas de 10 anos ou mais de idade Brasil 1960 – 1996 | ||
Ano | Sexo | |
Homens | Mulheres | |
1960 | 2,4 | 1,9 |
1970 | 2,6 | 2,2 |
1980 | 3,9 | 3,5 |
1990 | 5,1 | 4,9 |
19951 | 5,4 | 5,7 |
1996 1 | 5,7 | 6,0 |
Fonte: Relatório Sobre o Desenvolvimento Humano no Brasil, 1996; PNUD/IPEA, 1996.
Notas: Dados de 1995 e 1996 calculados pelo MEC/INEP/SEEC com base na PNAD de 1995 e 1996
(1) Exclusive a população rural de RO, AC, AM, RR, PA e AP.
Municipalização e controle social do gasto público
De acordo com o que recomenda a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, houve um vigoroso processo de “municipalização” do ensino
fundamental e de “estadualização” do ensino médio. Em 1997, havia 18 milhões
de alunos nas escolas estaduais de ensino fundamental e 12 milhões, na rede municipal. Em
1999, as redes municipais e estaduais empataram, com 16 milhões de alunos cada.
Os princípios de descentralização, transparência,
participação, fiscalização e eficiência do gasto público encontraram sua melhor
síntese no Programa Dinheiro Direto na Escola. Inovador, o programa eliminou o problema
do acesso das escolas aos recursos federais, que antes era feito por um sistema muito
burocratizado e dispendioso e dava margem à manipulação política das verbas da
educação.
O Maranhão foi o estado que mais aumentou o número de matrículas no ensino
fundamental. Isso quer dizer que os municípios estão gastando mais com salário e
investindo nas escolas.
(Jornal Estado do Maranhão, 25/9/1999)
Com a simplificação do processo, a transferência de recursos passou
a ser feita diretamente às escolas, sem interferência política nem a intermediação
dos governos estaduais e municipais. Em vez disso, o MEC
exige a participação direta da comunidade na aplicação dos recursos. Para se
credenciar ao programa, a escola precisa ter uma Associação de Pais e Mestres _ APM ou
um Conselho Escolar. A verba é depositada numa conta da APM ou do Conselho, que
administra o dinheiro em parceria com a direção da escola.
Nos primeiros quatro anos, o governo repassou mais de R$ 1 bilhão às
escolas. Quase 50 mil novas Associações de Pais e Mestres foram formadas, em todo o
País, cumprindo-se assim outro propósito do governo do tucano Fernando Henrique, que é
o de fortalecer a mobilização social em benefício da qualidade do ensino e da escola
pública.
MEC revoluciona o ensino sem projetos mirabolantes _ Dentro de quatro a cinco anos,
o Brasil estará colhendo os bons resultados de uma verdadeira revolução silenciosa que
está mudando a cara do ensino fundamental. …A política educacional do governo deu um
belo salto, ganhou dinamismo e já começa a fazer algumas diferenças. “A política
educacional de hoje é a mais consistente das últimas décadas,” diz o professor
Cláudio de Moura Castro, que está na galeria dos mais respeitados especialistas em
educação do país. “É a primeira vez na história que se vê uma gestão de
educação como essa,” festeja o pedagogo João Batista de Araújo, que dá
consultoria educacional a cinco estados.
(Revista Veja, 28/4/1998)
Merenda escolar e renda mínima
O programa da merenda escolar foi melhorado e ampliado, na gestão dos
tucanos Paulo Renato e Fernando Henrique. Graças a ele, nossas crianças estão se
alimentando melhor, o que estimula a própria presença na escola e o sucesso no
aprendizado. Estamos preparando essas crianças para o futuro, construindo um Brasil com
mais igualdade.
O governo do PSDB praticamente duplicou a verba para a merenda: de 1995
até 1998, foram gastos R$ 2,7 bilhões na alimentação dos alunos do ensino fundamental.
Em 1999, serão mais R$ 900 milhões – o dobro da marca histórica alcançada antes do
governo Fernando Henrique – totalizando R$ 3,6 bilhões em cinco anos.
Ao mesmo tempo, o programa foi municipalizado. Hoje, os recursos são
enviados diretamente a mais de 4.500 municípios, a quase totalidade do País, onde a
comunidade e as escolas escolhem o cardápio, com autonomia e de acordo com os hábitos
alimentares locais e regionais.
Com a merenda escolar, o governo garante, pelo menos, uma refeição
por dia a todas as crianças matriculadas no ensino fundamental e na pré-escola, em
estabelecimentos públicos e filantrópicos. Talvez seja o maior programa de auxílio
alimentar para a população mais pobre já executado no País. Atualmente, são cerca de
36 milhões de refeições fornecidas, diariamente, durante todo o ano letivo.
João Pessoa, capital da Paraíba, está conseguindo reduzir em até 20% a falta dos
alunos às aulas na rede municipal. O motivo disso é a adoção da merenda escolarizada,
um sistema que permite que a própria escola compre, defina e prepare o cardápio que
serve aos seus estudantes na hora da refeição escolar. …A escolarização da merenda
está conseguindo aumentar também a circulação de dinheiro na própria comunidade a que
pertence a escola. Muitos produtos podem ser adquiridos de fornecedores no próprio
bairro.
(Jornal Correio da Paraíba, 22/8/1999)
Outra ação com a marca da Social Democracia é
o programa federal de renda mínima, criado a partir de uma lei do
deputado tucano Nelson Marchezan e baseado na experiência pioneira de Campinas, na
gestão do prefeito José Roberto Magalhães Teixeira, o Grama, do PSDB.
O Programa Nacional de Garantia de Renda Mínima
concede um apoio financeiro mensal às famílias com renda média familiar abaixo da renda
média do estado, desde que elas mantenham os filhos na escola. Até o final de 1999, o
programa terá beneficiado mais de 500 mil famílias e cerca de um milhão de crianças de
7 a 14 anos, em mais de mil municípios.
Para fazer parte do programa, as famílias têm que comprovar a
matrícula e a frequência dos filhos à escola. Essa exigência acaba com o mero
assistencialismo e ajuda a universalizar a taxa de matrícula no ensino fundamental. Além
disso, o programa colabora para reduzir o êxodo das famílias do interior para as grandes
cidades e contribui para erradicar o trabalho infantil.
Aceleração da aprendizagem
Outra conquista importante é o Programa de Aceleração da
Aprendizagem. O governo federal financia a criação de classes especiais para alunos com
idade acima do recomendável para a série que frequentam. A aceleração do ensino
permite que eles avancem rapidamente nos estudos até alcançar a série compatível com a
sua idade.
Em 1998, 1,2 milhão de alunos estudaram nessas classes especiais, em
todos os estados brasileiros. A grande maioria conseguiu progredir nos estudos.
Constatou-se a dificuldade, por exemplo, de alfabetizar um repetente de 14 anos
comfrases do tipo “Ivo viu a uva.” Daí, cresceu
a idéia de estimular as “classes de aceleração”…onde os
alunos têm material didático próprio para sua idade. Neste ano, mais de 500 mil alunos
participarão de projetos desse tipo.
É um ataque ao coração do problema. Um problema tão grande que o país gasta, em
média, cerca de R$ 2,5 bilhões por ano com repetentes.
(Revista Veja, 28/4/1998)
Graças
a esse programa, as escolas públicas poderão absorver todas as crianças
e jovens em idade escolar. Ao contrário do que se pensa, não há falta
de vagas nas escolas públicas de educação básica (ensino funda mental e
médio). O Censo Escolar de 1999, realizado pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais _ INEP, provou isso, ao descobrir que
o Brasil tem 44 milhões de alunos matriculados nas escolas de educação
básica, enquanto a população total na faixa etária de 7 a 17 anos é de
37 milhões.
O excesso de 7 milhões de alunos fora dessa faixa etária se deve à
repetência, altíssima nas séries iniciais, e ao ingresso tardio na escola. O Programa
de Aceleração da Aprendizagem está corrigindo aos poucos essa distorção entre a idade
do aluno e a série que ele freqüenta e abrindo mais vagas nas séries iniciais do ensino
fundamental, onde a repetência é mais grave.
Evasão e repetência em queda
Apesar de a distorção idade/série continuar elevada _ 46,6% dos
estudantes poderiam estar mais adiantados _ o Brasil está melhorando seu desempenho no
ensino fundamental. A taxa de promoção, que mede a quantidade de alunos que passou de
ano, aumentou de 64,5%, em 1995, para 72,7%, em 1997. No mesmo período, a repetência
caiu de 30,2% para 23,4% dos alunos e a taxa de abandono da escola baixou de 5,3% para
3,9%.
Ensino Fundamental – Taxas Médias Ponderadas de Promoção, Repetência e Evasão (%) Brasil 1995/97 | |||
Ano | Taxa Média Ponderada | ||
Promoção | Repetência | Evasão | |
1995 | 64,5 | 30,2 | 5,3 |
1996 | 68,8 | 26,6 | 4,6 |
1997 | 72,7 | 23,4 | 3,9 |
Variação 95/97 | 8,2 | -6,8 | -1,5 |
Fonte: MEC/INEP
A tendência decrescente de evasão e de
repetência é observada em todas as regiões e em todos os estados. A conseqüência
inevitável será uma redução rápida das taxas de distorção idade/série. Para se ter
uma idéia, em 1998, 24% dos 35,8 milhões de alunos do ensino fundamental tinham 15 anos
ou mais de idade e já deveriam estar cursando o ensino médio.
Ao contrário do que muita gente pensa, obrigar um aluno a repetir
várias vezes a série não favorece o aprendizado.
A reprovação sistemática é um desastre para o desenvolvimento
emocional e cognitivo da criança. Pesquisas do MEC comprovaram que quanto maior é a
distorção idade/série do aluno pior é o seu desempenho.
O desafio de melhorar a qualidade do ensino
Melhores escolas, professores mais qualificados e com salários dignos,
mais e melhores livros didáticos, boa alimentação, informática na sala de aula,
formação profissional voltada para o mercado já não são apenas propostas. Nós, do
PSDB, estamos transformando nossas propostas em ações efetivas e melhorando o País por
meio da revolução pacífica da educação.
Esta é a grande batalha que o Ministro tucano Paulo Renato e sua
equipe começaram a travar, em várias frentes. Uma extensa reforma curricular de todos os
níveis de ensino está em andamento. Pela primeira vez na história do ensino brasileiro,
o Governo Federal definiu parâmetros curriculares nacionais para as oito séries do
ensino fundamental, além de referenciais para a educação infantil e para uma ampla
reformulação de todo o sistema de formação de professores. A próxima etapa, já
estruturada e aprovada, é a completa reforma do currículo do ensino médio e vocacional.
A revolução já começou. A partir do próximo dia 15, a
reforma do ensino médio começa a sair do papel definitivamente, com o lançamento dos
novos parâmetros curriculares para as cerca de 17 mil escolas, públicas e particulares,
em todo o país. …Em breve, os alunos verão, na sala de aula, a maior mudança já
realizada no ensino médio brasileiro.
(Jornal de Brasília, 13/10/1999)
Um esforço relevante foi a adaptação dos currículos às escolas
indígenas, de forma a preservar e a valorizar a língua materna e as tradições
culturais desses povos.
Mais de 1,4 milhão de exemplares dos Parâmetros e Referenciais
Curriculares foram entregues a todos os professores do ensino fundamental. Outros 300 mil
serão enviados, nos próximos meses, aos professores do ensino médio.
Livro Didático e Bibliotecas Escolares
O Programa Nacional do Livro Didático também passou por grandes
mudanças na gestão tucana. Até 1995, o governo federal distribuía livros didáticos
apenas para os alunos das quatro primeiras séries do ensino fundamental. Além de
estender a distribuição para as oito séries, o MEC
melhorou a qualidade dos livros, porque todos os textos passaram a ser avaliados,
previamente, por comissões de professores. Com base nessa avaliação qualitativa
criteriosa, os livros são recomendados e comprados.
De forma pioneira no País, há três anos, o MEC está conseguindo
fazer com que os livros cheguem às escolas antes do início do ano letivo. Em 1998, foram
distribuídos, gratuitamente, cerca de 110 milhões de livros didáticos.
Antes, o MEC era o centro dos grandes projetos, onde geralmente só se pensava em
construir escolas. Agora, o trabalho vai a detalhes, como sugerir inovações para o resto
do Brasil e zelar pela execução das propostas. Exemplo: fazer a avaliação de livros
didáticos. …Pela primeira vez, o governo avalia os livros usados nas escolas. Em 1996,
dos 446 analisados, apenas 85 foram aprovados. Em 1997, 403 títulos foram avaliados e 155
passaram pelo controle de qualidade do governo. A distribuição ficou mais ágil, e agora
eles chegam às escolas no início do ano letivo. Nos últimos três anos, foram enviados
260 milhões de exemplares.
(Revista Veja, 28/4/1999)
O Ministério melhorou o programa de Bibliotecas Escolares. No ano passado, encaminhou às escolas de todo o País 20 mil
coleções da biblioteca do professor, constituída de obras de referência sobre a
formação histórica, social e política do Brasil. Em 1999, estão sendo entregues
outras 35 mil bibliotecas de literatura infanto-juvenil destinadas aos alunos do ensino
fundamental.
Ao distribuir livros didáticos para 33 milhões de alunos de escolas públicas de
ensino fundamental de todo o país, o governo garantiu a criação de 200 mil empregos.
…Estes postos de trabalho foram criados na indústria gráfica e editorial, nos correios
e nas empresas transportadoras.
(Jornal do Commercio, de Pernambuco, 27/10/1999)
TV Escola e informática na sala de aula
Integrado ao esforço pela qualidade do ensino, o governo do Presidente
Fernando Henrique, do PSDB, criou o programa TV Escola, dedicado à educação à
distância. Todas as escolas de ensino fundamental com mais de cem alunos ganharam
televisor, videocassete e antena parabólica. Com esse equipamento, as escolas recebem
diretamente ou gravam, para uso posterior, progra mas
educativos de reforço escolar, de auxílio ao trabalho do professor e de formação
continuada de docentes. Em dois anos, o MEC distribuiu cerca de 57 mil conjuntos de
equipamentos.
Veiculada em canal exclusivo via satélite, a TV Escola proporciona
três horas de programação diária de alta qualidade. No ar há três anos, beneficia
hoje cerca de um milhão de professores e 28 milhões de estudantes. Captado em todos os
estados, o Programa TV Escola foi avaliado positivamente durante dois anos seguidos _ 1997
e 1998 _ por uma das mais importantes instituições brasileiras, a Universidade de
Campinas _ Unicamp.
O programa de ensino à distância deve ser ampliado. O MEC pretende dar o mesmo
tratamento do ensino fundamental para o ensino médio pela tevê.
(Jornal A Crítica, do Amazonas, 07/8/1999)
O Programa Nacional de Informática na Educação _ Proinfo revelou-se
outra providência importante. Até agora, o programa já treinou 1.419
professores-multiplicadores para a utilização pedagógica do computador em sala de aula.
O treinamento foi dado em 119 Núcleos Federais de Tecnologia Educacional, que são
responsáveis, ainda, pela assistência técnica às escolas
participantes do programa.
Os professores-multiplicadores repassaram o que aprenderam a mais 20
mil colegas, que hoje enriquecem as aulas com o uso do computador. Até o momento, o
governo instalou 30 mil computadores e acessórios, em mais de duas mil escolas dos 26
estados e do Distrito Federal, beneficiando diretamente cerca de 200 mil alunos.
O governo federal está colocando à disposição dos alunos da escola pública
máquinas a que eles, em sua maioria, não têm acesso….O Proinfo é um grande esforço
do governo de promover a eqüidade entre os cidadãos.
(Jornal de Brasília, 11/10/1999)
Investir na qualificação do professor
Melhorar a qualidade do ensino fundamental depende, principalmente, de
se enfrentar para valer outro grande desafio: o da formação dos professores. Esse
desafio traz embutida a necessidade de valorizar o magistério, um compromisso permanente
do PSDB, melhorando as condições de trabalho e os salários. O FUNDEF começou a
corrigir o problema salarial, ao obrigar que 60% dos seus
recursos destinem-se à remuneração dos professores. A regra surtiu efeito. Logo no
primeiro ano de implantação do Fundo, o aumento médio nacional do salário dos
professores foi de 13%, mas chegou a 50% nas redes municipais do Nordeste, onde a
remuneração era mais baixa.
“Passamos a ter um status melhor do que o dos funcionários dos Correios, do
Fórum e da Saúde. Todo mundo quer, agora, ser professor na cidade,” afirmou a
professora Maria Alessandra Santos Souza, 21, de Girau do Ponciano (AL), que tinha
salário de R$ 71 e hoje ganha R$ 428. “Hoje, minhas amigas que me chamavam de louca
se arrependem de não ter seguido a carreira de professora. Sofri muito nos três
primeiros anos. Saía de casa sem ter o que comer e fazia um bico na escola
particular,” disse.
(Jornal Folha de São Paulo, 19/3/1999)
A Lei de Diretrizes e Bases determina que, até o ano 2007, todos os
professores da educação básica tenham formação superior. E o País possui, hoje, 600
mil professores sem curso superior em atividade. A tarefa é gigantesca
e o prazo, curto.
Grandes mudanças estão sendo feitas, na organização do sistema de
formação de professores, algumas já aprovadas e outras em estudo pelo Conselho Nacional
de Educação. Várias medidas vão produzir forte impacto a curto prazo. A conceituação
dos institutos superiores de educação e do curso normal superior, a definição de
programas especiais de formação pedagógica e a formulação de novas diretrizes
curriculares para os cursos de Pedagogia e para as licenciaturas em geral são as
principais mudanças em andamento.
Além do aumento do número de professores, nos últimos cinco anos _
9,6% no ensino fundamental e 35,7% no ensino médio _ o Censo Escolar revela que eles
estão mais qualificados, com melhoria considerável no grau de formação. O número de
professores sem formação adequada _ aqueles chamados de leigos _ caiu 41,1%, no ensino
fundamental, entre 1994 e 1999. Houve aumento de 7,5% no número de professores com nível
médio completo e de 24,4%, com superior completo.
Mesmo com esses avanços, a formação de professores é um dos maiores
desafios para o sistema educacional brasileiro. Ainda existem cerca de 81 mil professores
leigos, que deverão receber formação adequada, até o final de 2001, conforme determina
a Emenda Constitucional nº 14, que criou o FUNDEF. Além disso, até o final da Década
da Educação, em dezembro de 2007, o Brasil assumiu o compromisso de capacitar outros 600
mil docentes do ensino fundamental e médio, que já trabalham nas redes municipais e
estaduais, mas não cursaram o nível superior completo.
Nasce uma nova escola
A reformulação do ensino médio vai permitir que o jovem
seja orientado não só para uma carreira profissional como para exercer plenamente a
cidadania e se habilitar no aprendizado de novas e importantes tecnologias
A educação é o maior instrumento de promoção da igualdade
de que um País dispõe. O governo do PSDB está enfrentando também o desafio de
reformular o ensino médio.
Falido, sem identidade e desconectado das exigências do mundo
moderno, o modelo atual não cumpre mais a função que dele se exige: ensinar o estudante
a aprender, orientá-lo em relação à vida prática e a uma carreira profissional e
prepará-lo para o indispensável exercício da cidadania e da democracia. Deve, ainda,
ser capaz de ensinar o jovem a usar as novas tecnologias e formas de produzir bens,
serviços e conhecimento.
O ensino médio público no Brasil passa por momento de grande
expansão, em resposta tanto às conquistas do ensino fundamental, que gerou um expressivo
aumento da matrícula para o ensino médio, como pelas exigências de maior qualificação
para ingresso num mundo de trabalho cada vez mais competitivo. Aliado a isso, a
ampliação e melhoria crescente do ensino oferecido aos jovens repercutirão na conquista
de maiores espaços para a economia brasileira, no âmbito internacional, e na redução
das marcantes desigualdades da sociedade brasileira.
(Jornal O Povo, do Ceará, 21/6/1999)
O primeiro passo para mudar tudo foi a definição das Diretrizes
Curriculares Nacionais para o ensino médio, com caráter obrigatório para todas as
escolas do País. Na seqüência, o MEC produziu os Parâmetros Curriculares, um conjunto
de orientações e recomendações para apoiar o trabalho dos professores na nova
concepção do ensino médio.
Com a reforma que está em andamento, o Governo Federal também quer
assegurar que a expansão do ensino médio ocorra com qualidade. Nos últimos cinco anos,
a prioridade ao ensino fundamental contribuiu para aumentar muito o número de matrículas
no ensino médio. O crescimento foi de 57%, entre 1994 e 1999.
Ensino Médio – Matrícula Inicial por Dependência Administrativa Brasil 1994/99 | |||||
Ano | Matrícula por Dependência Administrativa | ||||
Total | Público | % | Privado | % | |
1994 1 | 4.936.211 | 3.905.872 | 79,1 | 1.030.339 | 20,9 |
1995 1 | 5.374.831 | 4.210.558 | 78,3 | 1.164.273 | 21,7 |
1996 | 5.739.077 | 4.562.558 | 79,5 | 1.176.519 | 20,5 |
1997 | 6.405.057 | 5.137.992 | 80,2 | 1.267.065 | 19,8 |
1998 | 6.968.531 | 5.741.890 | 82,4 | 1.226.641 | 17,6 |
1999 2 | 7.767.091 | 6.542.913 | 84,2 | 1.224.178 | 15,8 |
Taxa de Cresc. 94/99 | 57,3% | 67,5% | ![]() | 18,8% | ![]() |
Fonte: MEC/INEP
Notas: (1) _ dados estimados (2) _ dados preliminares
Em 1995, 22,7% dos jovens de 15 a 17 anos de
idade estavam matriculados no ensino médio; cinco anos depois, são 32,6%. Hoje, o País
tem mais de 7,8 milhões de alunos no ensino médio e as previsões indicam que, em 2002,
serão cerca de dez milhões.
Taxa de Escolarização Líquida (%) – Brasil 1994-1999 | |||
Ano | Nível de Ensino | ||
Ensino Fundamental (7 a 14 anos) | Ensino Médio (15 a 17 anos) | Ensino Superior (20-24 anos) _ Graduação | |
1994 | 89,1 | 22,7 | 5,5 |
1995 | 90,0 | 23,5 | 5,8 |
1996 | 90,8 | 24,4 | 6,2 |
1998 | 95,3 | 30,8 | 6,7 |
1999 1 | 95,5 | 32,6 | —– |
Variação 94/99 | 6,4 | 9,9 | 1,2(2) |
Fonte: MEC/INEP Notas: (1) _ dados estimados (2) _ variação de 94/98
A expansão impressionante da matrícula no
ensino médio é explicada por três fatores principais: há mais estudantes concluindo o
ensino fundamental; mais alunos estão chegando ao final com menos idade, em condições,
portanto, de continuar os estudos; e aumentou a demanda dos jovens por maior escolaridade,
até por exigência de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
“Decoreba” tem dias contados no
ensino médio.
(Jornal da Tarde, de São Paulo, 15/9/1999)
Não é só a busca da igualdade entre
cidadãos que move o PSDB. As desigualdades regionais também devem ser corrigidas, e mais
uma vez cabe à educação um papel fundamental. Nos últimos cinco anos, reduziram-se
muito as diferenças regionais no acesso à educação e na sua qualidade. A expansão da
educação nas regiões Nordeste e Norte é maior do que a média nacional, diminuindo
rapidamente as desigualdades em relação ao Sul e ao Sudeste. Enquanto a matrícula no
ensino médio cresceu 57% no conjunto do país, no Nordeste o aumento chegou a 62%.
A distorção idade/série continua alta _ 53,9%
_ mas a tendência é de aumento da promoção e de queda da repetência
e do abandono da escola. A taxa de promoção variou de 65% em 1995, para 74,5% em 1997.
No mesmo período, o índice de repetência caiu de 26,7% para 18,7% e o de evasão
escolar baixou de 8,3% para 6,8%.
Ensino Médio – Taxas Médias Ponderadas de Promoção, Repetência e Evasão (%) Brasil 1995/97 | |||
Ano | Taxa Média Ponderada | ||
Promoção | Repetência | Evasão | |
1995 | 65,0 | 26,7 | 8,3 |
1996 | 72,2 | 22,6 | 5,2 |
1997 | 74,5 | 18,7 | 6,8 |
Variação 95/97 | 9,5 | -8,0 | -1,5 |
Fonte: INEP/MEC
Liberdade, inovação e vínculo com a realidade do aluno
No desenho da reforma, o MEC fez mudanças de natureza estrutural,
didático-pedagógica e curricular. No primeiro caso, a principal novidade foi separar o
ensino médio do curso técnico. Agora, os dois existem de forma independente, e o curso
profissionalizante passou a ser complementar ao nível médio. Essa providência vai
facilitar a realização de outra das grandes metas do governo para a educação que é a
de universalizar também o ensino médio.
No plano didático-pedagógico, o novo ensino
médio vai associar o conhecimento à vida prática do aluno, orientando-o em relação ao
seu futuro, e não mais limitando-se a ser mera etapa de preparação ao vestibular.
O principal ponto da reforma é a introdução dos Parâmetros
Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Os novos parâmetros reforçam os princípios
da interdisciplinaridade e contextualização. Ou seja: os conteúdos devem ter como ponto
de partida a experiência de vida do aluno, estabelecendo relação mais direta com
situações cotidianas. Em vez da memorização, será priorizada a capacidade do aluno de
pesquisar, buscar e analisar informações.
(Jornal O Tempo, de Minas Gerais, 16/9/1999)
Os currículos tornaram-se mais flexíveis: 75% do conteúdo compõe
uma base nacional comum, nas áreas de Linguagem/Códigos, Ciências da
Natureza/Matemática, Ciências Humanas e respectivas tecnologias. Desde que se relacionem
a essas áreas e desenvolvam múltiplas aptidões no aluno, as matérias e os temas podem
ser livremente escolhidos pelas escolas. Os restantes 25% do conteúdo curricular são
definidos pelas próprias escolas, com base nas
características socioeconômicas locais e regionais ou nos interesses da comunidade
escolar. Com essa inovação, o aluno passa a ter maior liberdade na construção do seu
próprio currículo.
Foi-se o tempo em que, nas escolas, as aulas de religião eram sinônimo de
catecismo e que sexo era um assunto proibido. Nos parâmetros curriculares estabelecidos
pelo ministério, a orientação sexual é recomendada como um dos chamados temas
transversais dos currículos, aqueles que devem ser trabalhados nas diversas disciplinas e
em atividades complementares. Embora ainda a passos lentos, o assunto começa a deixar de
ser tabu em sala de aula com implantação de programas de educação sexual, de
comprovada necessidade. Também são temas transversais a educação ambiental, ética e
cidadania.
(Jornal O Popular, de Goiás, 22/8/1999)
Mais recursos federais
De acordo com a Constituição, cabe aos estados a responsabilidade
pela administração e o financiamento do ensino médio e, portanto, pela implantação da
reforma. No entanto, devido ao vertiginoso crescimento da matrícula, o Governo Federal
vai garantir recursos e assistência técnica.
O MEC negocia um financiamento de US$ 500 milhões do Banco
Interamericano de Desenvolvimento, para custear a qualificação e a formação de
professores, a construção, ampliação e melhoria das instalações de prédios
escolares e a adequação de laboratórios e bibliotecas.
A expansão da educação profissional
Junto com as mudanças no ensino médio, o Ministro Paulo Renato deu
início também à reforma da educação profissional, conforme estabelece a Lei de
Diretrizes e Bases. Além de separada do ciclo médio, a educação profissional conta,
agora, com cursos voltados às necessidades dos mercados de trabalho locais e regionais.
Tem uma estrutura curricular em módulos, o que permite ao aluno fazer vários cursos
curtos, e conteúdos flexíveis que levam em conta até as preferências dos estudantes.
Com essa reestruturação, a educação profissional será capaz de
habilitar de fato o aluno para o exercício de diversas
ocupações. Além disso, atrairá apenas os jovens que realmente querem trabalhar como
técnicos. Até então, a qualidade do ensino nas escolas técnicas de nível médio era
procurada por grande quantidade de jovens que não pretendiam ser técnicos, mas sim,
preparar-se melhor para o vestibular. Com isso, ficavam de fora muitos estudantes, em
geral mais pobres, que precisavam, verdadeiramente, fazer o curso profissionalizante, para
poder, no curto prazo, ganhar a vida como técnicos.
O ensino médio não é mais aquele. Desde que a nova Lei de Diretrizes e Bases da
Educação foi aprovada, em novembro de 1996, o MEC vem tentando alterar radicalmente a
estrutura do antigo 2o. Grau. Neste ano, o ministério resolveu pôr mais velocidade no
ritmo dessas mudanças.
(Jornal O Dia, do Rio de Janeiro, 14/9/1999)
O MEC está executando um grande programa de expansão da educação
profissional. Com a participação do Ministério do Trabalho e financiamento
internacional, o Governo Federal está investindo US$ 500 milhões para reequipar as
escolas técnicas públicas e criar uma rede de escolas profissionalizantes comunitárias,
em parceria com municípios, entidades sindicais e associações. Até o momento, dos 98
projetos aprovados pelo Programa de Expansão da Educação Profissional, 36 foram
apresentados por entidades comunitárias. A maioria começa a funcionar a partir de 2000.
Um novo passo foi dado para a expansão do ensino técnico no Brasil. O ministro da
Educação, Paulo Renato Souza, o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo
(Fiesp), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, e o presidente das Organizações Globo,
jornalista Roberto Marinho, assinaram um convênio que, através do Telecurso 2000,
levará ensino profissionalizante à distância às 96 escolas técnicas da Secretaria de
Ensino Médio e Tecnológico do Ministério da Educação. Com isso, o Telecurso 2000,
além do ensino de Primeiro e Segundo Graus, passa a oferecer cursos na área de
mecânica, formando mão-de-obra qualificada.
(Jornal O Globo, 02/6/1995)
O fim de um longo período de estagnação
Nos últimos cinco anos, o ensino superior no Brasil
cresceu 28%, com um expressivo crescimento na oferta de vagas no setor público, no mesmo
percentual, fenômeno que se repetiu nos cursos de pós-graduação
A matrícula no ensino
superior cresceu, em termos absolutos, nos últimos quatro anos, mais do que nos 14 anos
anteriores. A expansão do sistema foi retomada, a partir de 1994, depois de um longo
período de estagnação no número de alunos. Em apenas quatro anos, registraram-se 424
mil matrículas. Em 1998, havia mais de 2,1 milhões de alunos no ensino superior, um
acréscimo de 28%.
Esse crescimento, além do ganho quantitativo, incorporou uma nova e
importante característica: a rede pública recuperou seu dinamismo, ampliando em 28% a
oferta de vagas, nos últimos quatro anos.
Ensino Superior -Graduação – Matrícula Inicial por Dependência Administrativa – Brasil 1994/98 | |||||
Ano | Matrícula por Dependência Administrativa | ||||
Total | Público | % | Privado | % | |
1994 | 1.661.034 | 690.450 | 41,6 | 970.584 | 58,4 |
1995 | 1.759.703 | 700.540 | 39,8 | 1.059.163 | 60,2 |
1996 | 1.868.529 | 735.427 | 39,4 | 1.133.102 | 60,6 |
1997 | 1.945.615 | 759.182 | 39,0 | 1.186.433 | 61,0 |
1998 | 2.125.958 | 804.729 | 37,9 | 1.321.229 | 62,1 |
Taxa de Cresc. 94/99 | 28,0% | 16,6% | ![]() | 36,1% | ![]() |
Fonte: MEC/INEP
A expansão do setor privado foi subordinada pelo MEC ao atendimento a
padrões de qualidade, mediante supervisão e avaliação sistemática dos cursos. Também
no ensino superior verificou-se um significativo movimento de interiorização e de
correção dos desequilíbrios regionais. Cerca de um terço do crescimento da oferta de
vagas no setor privado se deu nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A pós-graduação teve avanços expressivos. O número de alunos
passou de 43,1 mil para 50,8 mil no mestrado e de 15,9 mil para 26,7 mil no doutorado,
entre 1995 e 1998. O número de cursos de mestrado aumentou de 1.159 para 1.339 e o de
doutorado, de 616 para 727, no mesmo período. Com isso, o Brasil está formando 12,5 mil
mestres e 3,9 mil doutores por ano.
O Brasil conta com pelo menos 23 ilhas de excelência
acadêmica atestadas pela recém-concluída avaliação da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior _ Capes. …Com exceção de um único
curso _ o de Educação da PUC de São Paulo _ todos os outros pertencem a universidades
ou instituições públicas. …Os 23 programas de pós-graduação avaliados como de
excelência pela Capes têm dinheiro, estrutura e docentes altamente qualificados.
(Revista Época, 28/9/1999)
Autonomia e responsabilidade
Garantir autonomia administrativa, financeira e patrimonial às
instituições federais de ensino superior é um dos grandes objetivos que o MEC espera
cumprir, para que as universidades possam desempenhar de forma mais ágil e efetiva o seu
papel na sociedade. Apesar de o projeto de lei da autonomia universitária ainda estar em
fase de discussão, algumas medidas importantes já foram adotadas.
Definiram-se novas normas para a escolha dos dirigentes e para a
composição dos órgãos colegiados, aumentando o peso relativo dos professores,
especialmente dos mais qualificados.
O ensino de graduação recebeu prioridade, com
investimentos de mais de R$ 100 milhões em bibliotecas, computadores e infra-estrutura de
informatização. Está em fase final uma licitação internacional, para a compra de US$
300 milhões em equipamentos para laboratórios de graduação e hospitais
universitários.
Com a instituição de uma gratificação de estímulo à docência, os
professores agora podem ganhar até 50% mais, de acordo com o número de horas-aula e com
a avaliação de sua produção científica e de seu desempenho. A qualificação média
do corpo docente aumentou, passando de 22% para 29% a proporção de doutores.
A autonomia das universidades proposta pelo governo porá fim a um
modelo burocratizado de administração, que emperra a gestão das atividades de ensino,
pesquisa e extensão. Eliminará, sobretudo, os entraves à elaboração do orçamento, ao
uso mais eficaz dos recursos e, especialmente, à administração de pessoal.
O novo modelo permitirá que as universidades definam seus próprios
planos de carreira e de progressão, com a fixação de empregos e salários
correspondentes. Também serão criadas gratificações aplicáveis às diversas
funções, cabendo às universidades estabelecer critérios de concessão. As novas regras
vão resultar em uma política ativa de recursos humanos com ênfase no mérito e na
qualificação.
As resistências corporativas ainda são grandes,
mas o MEC está disposto a enfrentá-las.
Desenhando o futuro
Com a autonomia, as universidades assumirão responsabilidade direta
por sua gestão, pela elaboração e execução de seu orçamento. O governo mantém, de
sua parte, o compromisso consagrado na Constituição de que as universidades
permanecerão públicas e gratuitas. E continuará a priorizar o ensino de graduação, a
expansão da matrícula nas redes pública e privada, a diversificação da oferta e das
oportunidades de acesso, a reorganização dos currículos e a ampliação do
financiamento aos alunos carentes.
A universidade, como qualquer instituição, tem que se safar da lei da inércia,
buscando a sintonia com a vida. Isso a levará à avaliação externa reiterada: à
inicial, para o credenciamento; e às periódicas, para o recredenciamento.
(Jornal O Estado de São Paulo, 04/7/1999)
Já está em vigor o sistema pelo qual os recursos federais são
distribuídos às universidades públicas de acordo com o
número de alunos e de concluintes, a quantidade e a qualidade das pesquisas, o
atendimento hospitalar e demais serviços. O MEC pretende, ainda, estreitar relações com
o setor produtivo e redefinir políticas de inovação tecnológica, integrando a
universidade ao desenvolvimento regional. A competitividade do País e a melhoria da
qualidade de vida devem nortear a política para o ensino superior.
Acima de tudo, o Ministério manterá a disposição de implantar um
modelo de autonomia universitária que melhore seu atendimento social.
O combate aos privilégios
Somados os três níveis de governo _ federal, estadual e municipal _ o
Brasil gasta, hoje, perto de 5% do Produto Interno Bruto _ PIB em educação. Não é
pouco. Somente o orçamento do Ministério da Educação corresponde a 1% do PIB. No
entanto, 60% dos recursos vão para o financiamento das universidades públicas gratuitas.
Os pobres praticamente não chegam a essas universidades. Assim, 90% do
gasto público com as universidades são apropriados pelos 40% mais ricos. Os 40% mais
pobres ficam com apenas 2,4% dos recursos.
Ou seja, 0,7% do PIB do País é transferido,
todos os anos, para os não-pobres.
Este é o problema histórico do gasto social, no Brasil, que tem
perpetuado a pobreza: uma parcela substancial dos recursos públicos beneficia os que não
são pobres. No entanto, os pobres pagam impostos tanto quanto os não-pobres. Na
prática, isso significa tirar dos que têm menos e transferir aos que têm mais.
O esforço que o PSDB faz, no Congresso Nacional e há cinco anos no
Governo Federal, para ampliar o acesso e melhorar a qualidade da educação pública tem o
objetivo principal de garantir a igualdade de oportunidades aos estudantes menos
favorecidos. Seja para competir no mercado de trabalho, seja para disputar uma vaga nas
universidades públicas, quebrando privilégios seculares.
Informação e avaliação a serviço da qualidade
Uma verdadeira revolução ocorreu neste governo, em termos de
informação e de avaliação do ensino. A alta qualidade das pesquisas tornou-as
instrumentos indispensáveis ao planejamento e à execução das políticas públicas do
Ministério da Educação. Graças a elas, além de gastar mais, o governo está gastando
melhor os recursos.
O ponto de partida foi a transformação do Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais _ INEP em autarquia independente. Nessa condição, o
INEP passou a responder por todo o sistema de captação, avaliação e armazenamento de
informações a respeito de toda a área educacional do País.
Esse processo de avaliação merece elogios.
Se alguns ajustes e aprimoramentos ainda são necessários, é inegável que os
objetivos _ formar cidadãos ativos no exercício da plena cidadania _ são relevantes e
prioritários.
(Jornal O Estado de São Paulo, 28/8/1999)
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM)
está despontando como um importante instrumento de seleção de pessoal para
empresas de todos os tamanhos e uma exigência quase que obrigatória para os estudantes
de segundo grau que pretendem se colocar no mercado de trabalho.
(Jornal Gazeta Mercantil, 07/7/1999)
É o INEP que realiza todos os levantamentos e
pesquisas: Censo Escolar Anual do ensino básico (infantil, fundamental e médio), do
ensino especial, da educação profissional e da educação de jovens e adultos, do ensino
superior e o Censo do Professor. Os resultados são divulgados no mesmo ano da coleta dos
dados.
A qualidade do trabalho feito pelo INEP, nos últimos cinco anos,
conquistou respeito internacional. O Sistema de Avaliação do Ensino Básico (SAEB), que
investiga o desempenho dos alunos do ensino fundamental e médio, é reconhecido como um
dos mais sofisticados processos do mundo de avaliação do rendimento escolar.
O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), realizado pela segunda vez em
1999, tende a se firmar como um instrumento importante de avaliação do desempenho dos
alunos e das escolas. Mais de 80 universidades já aceitam o ENEM como prova válida para
o acesso ao ensino superior, de modo isolado ou combinado ao vestibular tradicional.
A expansão do ENEM, sua aceitação por universidades e pelo mercado de trabalho,
seus efeitos sobre a qualificação do ensino médio e seu papel no conjunto da educação
brasileira impõem que esse exame seja ainda mais valorizado e acatado pela sociedade.
(Jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, 31/8/1999)
O ENEM surgiu não só como alternativa ao vestibular, mas também como indicativo
de mudança para todo o ensino médio.
Com esse modelo de avaliação, passaram a ser mais importantes o raciocínio
lógico, a criatividade, a capacidade de propor soluções para problemas do cotidiano. A
iniciativa é válida em oposição a provas massacrantes e, mais do que isso, às escolas
de ensino médio que ainda privilegiam apenas a quantidade de informações repassadas aos
jovens.
(Jornal Correio Braziliense, 10/10/1999)
No ensino superior, o Exame Nacional de Cursos _ o “Provão”
_ está consolidado, depois de quatro anos de aplicação. Fundamental para avaliar a
qualidade dos cursos superiores de graduação, o “Provão” está contribuindo
de forma notável para melhorar o nível das instituições de ensino.
O Provão provou que prova. …Raras vezes se terá visto no
país uma trama tão bem urdida contra uma iniciativa governamental, como na primeira
edição do Provão, em 1996.
…De então para cá, o boicote entrou em queda livre.
…O Provão é um imenso benefício para o sistema nacional de ensino superior.
(Jornal O Estado de São Paulo, 04/7/1999)
Os resultados do exame, somados à avaliação dos cursos superiores
feita por comissões de especialistas designadas pelo MEC, permitem que a sociedade saiba
quais são as melhores e as piores instituições do País. Além de democratizar a
informação, favorecer a fiscalização e o controle social, esses resultados servem de
base para que o MEC decida se renova ou não o credenciamento das instituições e dos
cursos.
Só terão a perder as faculdades que se recusarem a sanar suas deficiências, ou
que se mostrarem irrecuperáveis _ porque na realidade nunca passaram de uma impostura,
interessadas apenas nas mensalidades pagas pelos alunos. Não pode opor-se a isso quem
esteja interessado na melhoria do ensino superior no Brasil _ problema tão antigo, e que
só agora começa a ser enfrentado de maneira realista.
(Jornal O Globo, 03/6/1999)
Com a divulgação dos resultados, as más faculdades sentem mais de perto as
pressões do mercado. O Exame de Avaliação de
Cursos despertou os estudantes para a importância do ensino de qualidade.
Universitários que freqüentam cursos reprovados em anos anteriores fazem valer a lei de
mercado. Procuram instituições mais respeitáveis. Afinal, pagam _ e caro _ por um
produto que deve corresponder às expectativas de prepará-los para enfrentar a disputa
cada vez mais acirrada por um emprego cada vez mais raro.
(Jornal Correio Braziliense, 15/6/1999)
Saiba o que é o Provão
O exame Nacional de Cursos foi criado em 1996 para avaliar a qualidade do ensino
superior.
A qualidade do ensino de cada curso recebe conceito A,B, C, D ou E de acordo com o
desempenho dos alunos no exame. Especialistas avaliam também o corpo docente, as
instalações e projeto didático-pedagógico. Os cursos com bom desempenho têm o
reconhecimento pelo MEC renovado automaticamente.
Os
deficitários são submetidos a vistoria e acompanhamento. O exame é
obrigatório. Embora a nota não altere o currículo do formando, sem o
Provão ele não obtém o diploma. Este ano o Provão reavaliou os cursos
de administração, direito, engenharia civil, elétrica e química,
jornalismo, letras, matemática, veterinária e odontologia. E avaliou
pela primeira vez medicina e engenharia mecânica.
O Provão de 2000 vai avaliar mais cinco cursos: biologia, física, química,
psicologia e agronomia.
(Jornal O Globo, do Rio de Janeiro, 10/12/1999, pág. 3)
Mais recursos para a educação
Os gastos públicos com educação, somando-se todos os programas e
níveis de governo, foram de R$ 38,5 bilhões, em 1996, e de R$ 43,3 bilhões, em 1997.
Correspondem a perto de 5% do PIB. Não é pouco. Países desenvolvidos, como Estados
Unidos e Japão, têm gasto semelhante em proporção do PIB. A grande batalha do atual
governo tem sido não apenas investir mais em educação,
como gastar melhor os recursos. As principais mudanças lideradas pelo MEC visaram,
precisamente, aumentar a eficiência e a eficácia do gasto público.
MEC lança “Olho no Olho” _ O Ministério da Educação e o Conselho
Brasileiro de Oftalmologia lançaram a Campanha Nacional de Reabilitação Visual/99. O
objetivo é examinar alunos do primeiro ano do ensino fundamental em cidades com mais de
50 mil habitantes. A diferença da edição deste ano em relação à campanha do ano
passado é que os municípios estarão recebendo uma verba do MEC, através do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação _ FNDE, para a compra de óculos.
(Jornal Gazeta do Povo, do Paraná, 19/9/1999)
De 1996 para 1997, o volume de recursos para a educação no Brasil
cresceu 12,2%. Foi decisiva a participação dos estados, que elevaram os gastos em 23%, e
dos municípios, com incremento de 16%. Agora, a União contribui com 19,8% dos recursos,
os estados com 49,8% e os municípios com 30,4%. Do total de R$ 43,3 bilhões, R$ 8,6
bilhões vieram do Governo Federal, R$ 21,6 bilhões dos estados e R$ 13,1 bilhões dos
municípios.
Gasto Público com a Educação por Programas e Esferas de Governo Em Valores R$ de 1997 | ||||
Especificação dos Programas | Gasto Consolidado por Esferas de Governo/1997 | |||
Federal | Estadual | Municipal | Total | |
Administração | 658.358.024 | 4.128.045.272 | 903.250.321 | 5.689.653.617 |
Educação de Criança de 0 a 6 anos | 258.727.621 | 82.194.802 | 1.629.120.381 | 1.970.042.804 |
Ensino Fundamental | 1.114.698.453 | 9.643.494.129 | 8.599.861.991 | 19.358.054.573 |
Ensino Médio | 513.526.244 | 1.504.937.854 | 50.872.500 | 2.069.336.598 |
Ensino Superior | 4.519.259.647 | 2.703.698.933 | 28.931.399 | 7.251.889.979 |
Educação Física e Desportos | 35.010.842 | 148.379.163 | 606735069 | 790.125.074 |
Assistência a Educandos | 0 | 241.312.393 | 221.602.863 | 462.915.256 |
Educação Especial | 33.354.658 | 111.016.369 | 182.121.727 | 326.492.754 |
Assistência e Previdência em Educação | 1.436.160.210 | 2.983.201.731 | 913.985.246 | 5.333.347.187 |
Total | 8.569.095.699 | 21.546.280.646 | 13.136.481.497 | 43.251.857.842 |
Fonte: FECAMP/NESUR
Finalmente, apesar do ruído ensurdecedor da sucessão de crises, o brasileiro tem
uma boa notícia. Os investimentos em educação, prioridade para o fortalecimento da
democracia, começam a ser feitos, finalmente. O país e os brasileiros não podem mais
esperar. Um pouco de sensatez é melhor do que nada.
(Jornal Correio da Paraíba, 30/9/1999)
O ensino fundamental recebeu 44,8% dos recursos globais investidos na
educação, em 1997. O ensino superior veio a seguir, com 16,7%. O ensino médio ficou com
apenas 4,8% e a educação infantil, com 4,6%. A prioridade conferida pelas três esferas
de governo ao ensino fundamental resultou em aumento de 21% nos recursos destinados a esse
nível de ensino.
O reforço ao ensino fundamental se deve, principalmente, aos
municípios. Além de elevar os gastos, em cumprimento à Constituição e à Lei de
Diretrizes e Bases, eles estão enquadrando melhor as verbas à classificação
orçamentária. No ensino médio, o crescimento foi modesto, de 9%. O volume de recursos
para esse nível de ensino, ainda baixo, precisa ser aumentado para atender à explosiva
demanda por vagas. Os gastos dos municípios reduziram-se, drasticamente, devido à
transferência de responsabilidade para os estados; e estes elevaram seus investimentos em
apenas 17%. No ensino superior, os recursos ficaram estáveis, com aumento por parte do
Governo Federal e redução por parte dos estados.
A análise do gasto total em educação mostra que o Governo Federal
responde por 62% dos recursos investidos no ensino superior. Embora não seja, legalmente,
responsável pelos demais níveis de ensino, a União também desempenha um papel
complementar muito forte, nos ensinos fundamental e médio.
Num país marcado por níveis preocupantes de desigualdade social, é extremamente
positiva a constatação de que as diferenças vêm sendo diluídas com base no
instrumento mais adequado: a educação. …A democratização do acesso ao ensino é
condição básica para que o país consiga crescer não apenas de forma sustentada, mas
também equilibrada, permitindo uma distribuição da riqueza de forma mais homogênea e
menos injusta. O avanço brasileiro na conquista de patamares aceitáveis na questão
educacional deve merecer a atenção e o estímulo da sociedade, pois ele é garantia de
que estamos no caminho certo.
(Jornal Diário Catarinense, de Santa Catarina, 30/9/1999)
A sociedade participa e a democracia se aperfeiçoa
Uma das marcas mais importantes da gestão do PSDB na educação, e um
dos princípios do Partido, são o aprofundamento da democracia e a participação da
sociedade na gestão dos recursos públicos, na fiscalização e no controle de sua
aplicação. Isso apenas é possível porque existe um compromisso partidário com a
transparência que permite a qualquer cidadão ter acesso a todas as informações sobre o
repasse e a utilização dos recursos públicos e sobre os indicadores educacionais.
Essa transparência, mais uma iniciativa pioneira da gestão tucana na
educação, se traduz na publicidade ampla das ações e programas do MEC, inclusive na
Internet, onde todas as informações estão disponíveis na página http://www.mec.gov.br.
Estamos, com isso, criando as condições para que o cidadão exercite
a democracia e se transforme em protagonista no processo de construção de um Brasil mais
justo e solidário.
Em todas as ações e programas da gestão do
Ministro tucano Paulo Renato está a ênfase na participação popular. No Fundef, na
merenda escolar, no dinheiro direto na escola e em outras ações, a comunidade, os
alunos, seus pais e professores integram os diversos conselhos e associações,
participando, acompanhando, fiscalizando e decidindo a própria condução dos programas.
Esses conselhos são um sinal de avanço da sociedade, que está se organizando,
aprendendo a cobrar resultados e ganhando consciência de que precisa eleger governantes e
representantes verdadeiramente comprometidos com a transformação do País.
Educação e desenvolvimento
Na visão dos políticos conservadores, somente com o desenvolvimento
do País avançará a educação do povo. Esta concepção, hegemônica no Brasil durante
décadas, é a grande responsável pelo nosso dramático atraso educacional, mesmo em
comparação a países mais pobres da América Latina. Sua eficácia assemelha-se ao
daquele preceito segundo o qual primeiro era preciso fazer crescer o bolo para depois
dividir. O bolo cresceu tanto que o Brasil ostenta, hoje, a décima maior economia do
mundo. Tem, também, talvez a maior concentração de renda do planeta.
Para o PSDB, para o partido dos tucanos, ao contrário, a educação
é a base do desenvolvimento sustentado do País e da distribuição mais justa da riqueza
por toda a sociedade. Miséria e baixa escolaridade sempre andaram juntas. Não existe
política eficaz de combate à pobreza se não estiver associada a um grande esforço pela
universalização da educação de boa qualidade.
“O Brasil não é mais um País subdesenvolvido. É um País
injusto”, afirmava o presidente Fernando Henrique, na campanha eleitoral de 1994. Por
entender que somente a educação é capaz de assegurar a igualdade de oportunidades,
escolheu-a como a grande prioridade de seu governo.
Cinco anos depois, a educação brasileira ainda está longe de onde
quer, pode e precisa chegar, mas já tem um destino no horizonte. Com essa visão, o
governo mantém-se decidido em suas ambições, dentre elas, a de garantir 100% das
crianças e dos jovens na escola e com ensino de qualidade.
É uma tarefa de todos, poder público nos três níveis, setor
privado, organizações não-governamentais, entidades da sociedade e comunidade. Com
todas as crianças e os jovens na escola, aprendendo e progredindo, o Brasil estará
trilhando o verdadeiro caminho para combater a pobreza e construir uma sociedade mais
justa e solidária.
Revisão: Júlia Bulgarelli
PSDB – Comissão Executiva Nacional
SCN Q. 04 – Bl. “B” Torre C – Sala 303/B – Centro Empresarial
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Tel.: (061) 328-0045 – Fax.: (061) 328-2120 / 2660
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