Recife (PE) – Favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) alerta a Câmara dos Deputados para sua responsabilidade de oferecer ao Brasil a chance de superar os graves problemas gerados pelos governos do PT ao aprovar, no próximo domingo (17), a admissão do processo de afastamento da presidente.
Entende o tucano, que com a presidente Dilma no comando do país não serão reunidas as condições para se gerar alternativas que promovam a retomada da economia e, consequentemente, a salvaguarda dos programas sociais, hoje comprometidos pela grave crise que o Brasil atravessa.
“A Câmara tem a responsabilidade de abrir processo contra a presidente Dilma para que ela seja julgada no Senado. O governo Dilma perdeu as condições e a capacidade de oferecer alternativas e de garantir a retomada da economia e, consequentemente, a salvaguarda dos programas sociais. É preciso que surja, a partir do impeachment, um governo de união nacional que tenha a capacidade de oferecer uma agenda mínima ao país que garanta o crescimento do Brasil e a superação dos graves problemas que foram criados ao longo dos governos do PT”.
Nesta sexta-feira (15/04), foi realizada a abertura dos três dias de debate e votação do impeachment no plenário da Câmara. Um dos autores do pedido de impeachment da presidente Dilma, o jurista Miguel Reale Júnior destacou, em seu discurso, que os deputados serão os “libertadores” da população da “prisão de mentiras e corrupção” em que o governo petista transformou o país.
“Os senhores são os nossos libertadores dessa prisão que vivemos enojados no meio da mentira, da corrupção, da inverdade, de irresponsabilidade, do gosto pelo poder sem se preocupar com aquilo que vai acontecer na vida dos brasileiros, especialmente dos mais pobres”, disse. “Os senhores são os nossos libertadores”.
Segundo informações da Folha On Line, Reale Júnior rechaçou o discurso de golpe, adotado pelos governo Dilma e pelo PT numa tentativa de deslegitimar o processo. “Golpe se houve quando se sonegou a revelação de que o país estava quebrado. Golpe, sim, houve quando se mascarou a situação fiscal do país. Continuaram a fazer imensos gastos públicos e tiveram que se valer de empréstimos de entidades financeiras controladas pela União, para mascarar a situação do Tesouro Nacional”, afirmou.
Para o jurista, as pedaladas fiscais e a assinatura de decretos que autorizavam gastos sem a anuência do Congresso constituíram sim crime de responsabilidade da presidente Dilma. Mas, ressaltou o jurista, “o crime mais grave” cometido pela presidente foi não ver “limites em destruir a economia brasileira”. “É o conjunto da obra que mostra a irresponsabilidade da presidente”.