O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), é coautor do pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar as causas do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG). O documento foi protocolado nesta segunda-feira (4) pela deputada Joice Hasselmann (PSL/SP) ao lado de parlamentares da bancada tucana e é o primeiro pedido de CPI desta legislatura.
“Esse caos que abalou MG e chocou o país precisa ter uma resposta efetiva da Câmara Federal. E essa resposta vai ser com uma CPI, em que os responsáveis serão exemplarmente punidos por conta das investigações que faremos nesta Casa. Parabéns à iniciativa da Joice e tenho a honra de ser coautor dessa iniciativa”, afirmou o líder.
A tragédia de Brumadinho já teve 134 mortes confirmadas, mais 199 desaparecidos. A barragem se rompeu no dia 25 de janeiro e a lama destruiu a área onde ficavam o refeitório e prédio da empresa, além de casas e vegetação.
O requerimento determina que serão investigadas as circunstâncias técnicas e de gestão que contribuíram para a tragédia, além de apurar as responsabilidades e avaliar formas de minorar os riscos de ocorrência de novos casos.
Os parlamentares acrescentam no texto que a catástrofe humana e ambiental aponta para a possibilidade de erros técnicos e omissão na construção e manutenção da barragem, além de falhas na fiscalização.
“Não medirei esforços para apurar os responsáveis por esse desastre que tanta dor causou aos familiares das vítimas”, acrescentou Carlos Sampaio.
A deputada Rose Modesto (MS) também apoia a investigação e assinou o pedido de criação de Inquérito (CPI). Essa foi uma das primeiras ações da parlamentar após tomar posse no dia 1º. “É algo que tem que ser investigado a fundo. É inadmissível algo assim, em que tantas pessoas perderam a vida e famílias estão sofrendo. Essa CPI vem para contribuir nessa investigação”, afirmou.
A tucana afirma que o Parlamento precisa participar dessa apuração, no sentido de contribuir para fiscalizações efetivas em todos os estados. De acordo com ela, apenas em Mato Grosso do Sul são 15 barragens.
“Já existe um trabalho de fiscalização. Mas queremos entender melhor como as empresas responsáveis por essas barragens têm cuidado disso tudo para evitar novas tragédias como essa”, reforçou.
***Do PSDB na Câmara, com alterações/Foto: Alexssandro Loyola