Brasília – O líder do PSDB na Câmara, deputado federal Carlos Sampaio (foto), protocolou nesta sexta-feira (20) uma representação ao Ministério Público Federal em que pede a abertura de investigação sobre possível crime de responsabilidade administrativa praticado pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Thomas Traumann.
O pedido foi motivado por documento interno da Secom que, divulgado pela imprensa nesta semana, revelou que a pasta sob o comando de Traumann planeja ações de comunicação para promoção pessoal da presidente Dilma Rousseff. Entre os projetos citados está o uso de “robôs”, ferramentas para as redes sociais que turbinam artificialmente a popularidade de determinados temas, além de monitoramentos da mídia e apoio a blogs governistas.
O documento assinado por Sampaio destaca que os atos da Secom violam os princípios da administração pública descritos pela legislação.
“Percebe-se que o mote das análises realizadas pela Secom é a imagem da pessoa de Dilma Rousseff, especialmente no que se refere às questões de natureza eleitoral”, menciona o texto, que define o documento como uma “confissão quanto a inexistência de um fim público” dos atos do Ministério.
Lula
Outro ponto destacado pelo texto do líder do PSDB é a menção a pessoas e instituições que não fazem parte do governo federal, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Instituto Lula e o PT.
“A pessoa de seu padrinho político e responsável por sua eleição e reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por diversas vezes é apresentado como parte das análises realizadas pela Secom. Para a Secom, importa ‘as forças políticas que elegeram Lula e Dilma…’ e os ‘eleitores de Dilma e Lula’. Contextualizando, levantou-se o perfil dos eleitores de Dilma e Lula para concluir que estas pessoas são ‘…minoritárias nas redes sociais…’ e que estes eleitores estão ‘acomodados brigando com o celular na mão’.”, diz o texto.
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