Pelo segundo mês consecutivo, a economia brasileira ampliou o número de vagas de emprego com carteira assinada. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram criados 34.253 postos de trabalho no mês de maio.
Em abril, o país já havia criado mais de 59 mil vagas de emprego formal. Ao comentar o resultado, o economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) vê uma melhora gradual, mas comemora os números com cautela. Para o tucano, o momento é promissor, mas é preciso acelerar o ritmo de recuperação.
“Depois da redução da inflação, essa é uma das primeiras notícias favoráveis e boas para a economia brasileira, para conter o sangramento do aumento do desemprego no Brasil. Isso é realmente muito auspicioso, mas ainda distante da recuperação que precisamos”, declarou.
Os setores que mais contribuíram com a criação de vagas no mês de maio foram agropecuária – com saldo de 46 mil novos postos –, além de serviços e indústria de transformação. Hauly reconhece o protagonismo do agronegócio, que além de contribuir para o crescimento do emprego, também puxou o PIB brasileiro e as exportações.
“O setor agropecuário tem dado uma contribuição inestimável ao Brasil desde sempre. Mesmo na crise, ele tem mantido uma performance robusta, tanto que aumentou a produção agrícola de forma extraordinária”, acrescentou.
O Caged observou que a região Sudeste foi a que mais gerou vagas em maio, principalmente nos estados de Minas Gerais e São Paulo, onde as atividades de cultivo de café e laranja contribuíram para o saldo positivo. No twitter, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o resultado confirma as previsões da equipe econômica de recuperação gradual do mercado de trabalho.