Há um ano – com o decisivo voto do hoje ministro das Cidades, deputado federal licenciado Bruno Araújo (PSDB-PE) – o 342º parlamentar a votar naquela histórica sessão, a Câmara dos Deputados autorizava a abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff, a primeira mulher a presidir o Brasil. Cinco meses depois, o processo é aprovado no Senado e a petista deixa o cargo.
Bruno respondia, na ocasião, pela vice-presidência nacional do PSDB. Na sessão que finalizou de forma melancólica a era PT na presidência do Brasil, o tucano embasou seu voto – computado às 23h07m, após mais de cinco horas de debates – dessa forma:
“Quanta honra o destino me reservou de poder, da minha voz, sair o grito de esperança de milhões de brasileiros. Senhoras e senhores, Pernambuco nunca faltou ao Brasil. Carrego comigo nossa história de luta pela democracia. Por isso, digo ao Brasil, sim pelo futuro”, disse o deputado, um dos primeiros a acreditar e trabalhar pelo impeachment da ex-presidente Dilma.
O placar final da votação na Câmara foi de 367 votos favoráveis e 137 contrários. Em 31 de agosto, menos de cinco meses depois, o impeachment é aprovado também no Senado com 100% da bancada do PSDB a favor. Foram 61 votos pela saída de Dilma e 20 a favor de sua permanência.