Em 19 de março, Dilma Rousseff enviou à Câmara um pacote de providências anticorrupção. O embrulho continha dois projetos de lei, uma proposta de emenda constitucional e um par de pedidos de tramitação em regime de urgência para dois projetos que já estavam na Câmara. Ambos estão prontos para ser votados. Se não forem apreciados na semana que vem, trancarão a pauta. Em vez de cobrar uma deliberação, o Planalto cogita retirar os pedidos de urgência.
O pretexto para a meia-volta é a mudança de prioridades do governo, que agora tem mais pressa em aprovar as medidas do seu pacote fiscal do que as providências do embrulho anticorrupção. Seja como for, será preciso explicar a lógica da decisão à plateia. Prometido desde a campanha, o pacote ético de Dilma foi enviado à Câmara quatro dias depois das manifestações de 15 de março, que levaram às ruas de todo pais perto de 2 milhões de pessoas. O asfalto voltou para casa, mas a corrupção continua nas manchetes. Combatê-la nunca foi tão urgente.
* Leia íntegra do artigo do blogueiro e colunista do portal UOL, Josias de Souza, clicando AQUI