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Conciliador, Sérgio Guerra reúne políticos de todas as frentes em seu velório

Foto: PSDB PE
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Pernambuco – Políticos de diferentes correntes, correligionários, amigos e ‘gente do povo’ lotaram o plenário da Assembleia Legislativa do Estado nesta sexta-feira (7) para o último adeus ao deputado federal Sérgio Guerra (PSDB-PE) que faleceu na quinta-feira (6) vítima de um câncer.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB), que representou a presidente Dilma Rousseff (PT) no velório, ressaltou que a petista tinha “muito apreço pelo deputado, senador e dirigente partidário”.

“Era um homem para além de sua inteligência e capacidade política. Sempre pautou sua atuação pelo diálogo e pela capacidade de convencer. É isso que trago como mensagem da presidente Dilma e de outros amigos de Sérgio que fazem parte do governo”, informou o ministro.

No convívio pessoal com Sérgio GuerraAldo Rebelo lembrou das muitas conversas sobre o Brasil que manteve com o tucano na época em que foram colegas de Parlamento.

Destacou Rebelo o debate sobre a Lei das Patentes, quando juntos promoveram muitas reuniões “sempre dentro de uma convivência  muito agradável porque Sérgio era uma pessoa muito bem informada, inteligente, opinava sobre qualquer tema, mesmo sobre àqueles dos quais não tinha muito conhecimento mas em pouco tempo se familiarizava”

Ministro Aldo Rebelo representou presidente Dilma Foto: PSDB PE
Ministro Aldo Rebelo representou presidente Dilma
Foto: PSDB PE

“Isso nos levou a uma convivência de amizade, de admiração e de grande respeito. Sérgio sempre teve um comportamento suave na política”, ressaltou o ministro.

Para o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a morte do deputado Sérgio Guerrra deixa, sobretudo, a “perda de um queridíssimo amigo”.

“A política brasileira perde um grande líder, as oposições um de seus mais expressivos comandantes e eu, pessoalmente, com muita dor no coração, perco um queridíssimo amigo. Sem dúvida alguma Sérgio é um dos grande homens públicos que conheci ao longo de toda a minha trajetória. Era culto, idealista e tinha uma enorme coragem para enfrentar as dificuldades, fosse da vida pública, fosse da vida pessoal. Foi um lutador lato sensu, na expressão maior que essa palavra possa ter”.

Foto: PSDB PE
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Amigo e correligionário de Guerra, o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) ressaltou que “as campanhas do PSDB passavam sempre pela opinião de Sérgio”.

É um vazio que ele deixa. Ele sempre foi muito lúcido, tinha muita clareza de enxergar as coisas. Não será fácil encontrar um homem público com todas as qualidades que Sérgio tinha”.

O ex-governador José Serra (PSDB-SP), que teve Sérgio Guerra no comando de suas duas campanhas presidenciais, disse que aprendeu com o tucano muito sobre Pernambuco.

“O Sérgio era um homem que fazia política 24 horas. Vai ficar uma ausência, sem dívida nenhuma. Mas eu queria sublinhar outro aspecto: para ele, a questão nacional andava de mãos dadas com as questões de Pernambuco. Vivia permanentemente batalhando pelo estado, independentemente de quem fosse o governador ou de quem estivesse no governo federal. Sérgio sempre vivia muito empenhado na questão pernambucana que ele conhecia muito bem. Eu aprendi muito sobre Pernambuco com ele”.

Adversários – Sempre militando em campo oposto ao de Sérgio Guerra, o deputado federal João Paulo e o senador Humberto Costa, ambos do PT, uniram-se aos que destacaram sua capacidade de conciliar diferenças, ao mesmo tempo em que era combativo nas coisas que defendia.

“É lógico que o PSDB perde um quadro nacional e vai sentir tanto no estado quanto no âmbito nacional. Embora nós tenhamos nos enfrentado em todas as eleições nós sabíamos que ele era um componente importante em qualquer disputa. Sempre foi um adversário forte e principalmente para o PSDB vai ser um peso significativo a ausência dele já nessas eleições”, ressaltou o deputado João Paulo.

Adversários reconhecem legado de Guerra
Adversários reconhecem legado de Guerranos enfrentado em todas as eleições, sabemos que Sérgio era um componente importante em qualquer disputa. Ele sempre foi um adversário forte e sua ausência será uma perda para o partido nessas eleições”, acredita o deputado João Paulo.

“Sérgio era um político extremamente combativo mas ao mesmo tempo com grande capacidade de conciliação dentro do seu campo. Ele foi capaz de conduzir duas eleições no PSDB sem se atritar com Aécio, José Serra ou com Alckmin, ou seja, tinha uma grande capacidade de conciliação política, era uma pesssoa que conhecia o Brasil, era preparado, vai fazer muita falta à oposição”, comentou o líder do PT do Senado, Humberto Costa.

O senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE) lembrou que Guerra fez da política “uma coisa quase que misssionária porque se entregava integralmente à vida pública e com paixão”.

“Ele fazia política com muita dedicação. Sérgio sempre foi um homem combativo ao longo de sua vida pública. Até no plano pessoal, na forma como ele enfrentou a doença, foi um valente. Tivemos divergências no campo político, mas nunca deixei de reconhecer que Sérgio tinha dimensão nacional, capacidade de articulação  e visão nacional do precesso político. Representará portanto uma perda para o Estado”.

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