Estado de S. Paulo – Já no encerramento do mês de novembro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informa que o nível de endividamento das famílias subiu para 63,2%, ou 1,1 ponto de porcentagem (p.p.) a mais do que o registrado em outubro (62,1%) e 4 p.p. a mais do que foi registrado em novembro de 2012 (59%).
Essa escalada no nível de endividamento é, aparentemente, contraditória diante dos sinais de retração do consumo e do pequeno recuo no nível de inadimplência: o porcentual de famílias com dívidas em atraso caiu para 21,2% neste mês, ante 21,6% no mês passado.
A economista da CNC, Marianne Hanson, ponderava, no Estado de quarta-feira, que, apesar do crédito ter-se tornado mais caro e ter havido também alguma redução no ritmo de crescimento da renda,os prazos maiores para renegociação de dívidas têm ajudado a matrter a estatística de inadimplência em nível relativamente baixo. Em outras palavras, o perfil de endividamento não se reflete em inadimplência, pelo menos por enquanto.
Na prática, o nível de endividamento tem aumentado, apesar da relativa retração do consumo, porque consumidores que compraram além da conta estão agora recorrendo ao crédito pessoál para liquidar suas dívidas corn as lojas e, assim, esticar o prazo de pagamento com prestações menores.
* Íntegra no editorial do Estado de S. Paulo desta sexta (29)
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