O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), utilizou, nesta segunda-feira (24), as redes sociais para explicar que a decisão de convidar o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e representantes da oposição para conversar foi tomada de forma conjunta pelo Mercosul – o bloco econômico que reúne Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela, além dos associados Chile, Bolívia, Colômbia, Guiana e México.
“Não foi o Brasil quem convidou Maduro para vir a Brasília, foi o Mercosul”, afirmou o chanceler, nas redes sociais. Por seis meses, o Brasil ocupará a Presidência rotativa do Mercosul em substituição à Argentina. Pela legislação que rege o bloco, os países intercalam o comando do grupo.
Na última semana, os integrantes do Mercosul convidaram Maduro e representantes da oposição para uma “consulta prévia” em Brasília antes de definir outras medidas em resposta à crise no país.
O convite para a reunião ainda sem data marcada ocorreu durante a 50ª Cúpula do Mercosul, em Mendonza, na Argentina. Na linguagem diplomática, é uma espécie de advertência.
Porém, a medida envolveu controvérsias e não obteve unanimidade. A principal controvérsia era sobre a cobrança para que Maduro venha a desistir da eleição de uma Constituinte no dia 30.o – 6.abr.13/AFP
A Bolívia, como associado não tem direito a voto, mas resistiu a medidas mais drásticas, por exemplo. Tanto é que o documento não foi assinado pelos bolivianos.