O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), em entrevista concedida à Folha de S. Paulo, declarou que o depoimento da presidente afastada, Dilma Rousseff, no julgamento final do impeachment nesta segunda-feira (29), não será capaz de reverter o quadro desfavorável à petista. Para o tucano, o afastamento definitivo de Dilma começou a se tornar realidade quando ela perdeu o apoio popular e do Congresso Nacional.
O tucano reforçou que o PSDB vai continuar apoiando o governo do presidente em exercício, Michel Temer, e que o partido irá interferir sempre que “estiver convencido de que o governo está no rumo errado. ”
O líder afirmou que, durante todo o processo de impeachment, Dilma não apresentou defesa, mas apenas “desculpas” para tentar permanecer no cargo. O tucano rebateu a alegação do PT de que os crimes de que Dilma é acusada não justificam o seu afastamento em definitivo. “Quando dizem que o crime é muito pequeno para justificar a cassação, estão reconhecendo a sua prática. O impeachment nasceu do povo brasileiro, não foi engendrado no Congresso. A Casa enxergou a possibilidade quando constatou que ela cometeu crimes”, disse o tucano.
Cássio Cunha Lima ressaltou que os crimes cometidos pela petista atingiram “de forma direta o dia a dia do brasileiro” e acredita que Dilma será derrotada por um placar de 61 votos a favor e 20 contra o impeachment.
Quando questionado sobre o ajuste fiscal, o tucano declarou que Temer terá uma segunda chance depois que se tornar presidente efetivo. “O PSDB quer ajudar, vai apoiar. É parceiro, desde que estejamos optando pelo caminho mais difícil, complicado de ser percorrido, que é o que vai nos levar ao caminho certo, de um ajuste fiscal de fato”, explicou.
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