O Produto Interno Bruto (PIB) de Pernambuco, que é a soma das as riquezas produzidas no Estado, foi fortemente impactado no primeiro trimestre de 2016 em função da crise econômica. Nesse período, o PIB chegou a R$ 39 bilhões, 9,6% inferior ao montante do primeiro trimestre de 2015. .
Esse é o quarto trimestre consecutivo de retração do PIB estadual. O resultado também é pior do que registrou o país, que sofreu uma retração de 5,4%. Os dados são da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem).
Segundo reportagem publicada nesta sexta-feira (08) pelos jornais de Pernambuco, houve queda em todos os setores analisados. A maior foi na indústria (-14,3%), seguida do setor de serviços (-7,6%) e agropecuária (-7,1%).
A retração que mais preocupa os especialistas é a que atinge o setor de serviços por representar 72,2% do PIB pernambucano. Segmentos como transporte, armazenagem e correios e comércio foram os que mais caíram: 21,6% e 13,9% respectivamente. Um retrato da forte queda do poder de compra da população na avaliação dos especialistas.
Os pesquisadores da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco são otimistas em relação ao segundo trimestre deste ano. Acreditam que empreendimentos como o Polo Automotivo Fiat, localizado na cidade de Goiana, Região Metropolitana do Recife, e o aumento na produção de derivados da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), devem aquecer a economia estadual.
“O polo têxtil no Agreste, a agricultura irrigada em Petrolina, o polo médico, a fábrica da Fiat, o porto de Suape, a refinaria, o polo de informática, a construção civil, os setores de serviços e turismo, a agroindústria e tantos outros devem receber investimentos para que seus potenciais sejam preservados dos efeitos nocivos da crise e para que retomem o crescimento com máximas eficiência e competitividade”, defendeu o secretário-geral do PSDB do Recife e presidente do PSDB Sindical Pernambuco, Antônio Xavier.
A esperança numa economia mais estável também reside na questão política com a votação em definitivo do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.