Em mais uma amostra do descontrole da gestão de Dilma Rousseff sobre a economia, a taxa de juros dos empréstimos para pessoa física alcançou, em abril, a marca de 7,95% ao mês, maior valor desde novembro de 2003, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).
Na avaliação do deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), a mais alta taxa de juros em quase 13 anos é reflexo direto do quadro de instabilidade vivido pelo país durante o governo de Dilma Rousseff.
“As questões do mercado, dos juros, da economia, variam muito em função da estabilidade e da credibilidade. Se você tem um governo que não tem credibilidade, não se tem estabilidade, e isso gera especulação, insegurança, risco, e tudo que é arriscado custa mais”, analisou o parlamentar tucano.
Como destaca matéria publicada pelo G1 nesta segunda-feira (9), os dados coletados na pesquisa da Anefac indicam que todas as seis linhas de crédito analisadas – juros do comércio, cartão de crédito rotativo, cheque especial, CDC-bancos-financiamento de veículos, empréstimo pessoal-bancos e empréstimo pessoal-financeiras – tiveram alta entre março e abril.
Na visão de Izalci, tanto os altos juros como a inflação, que cresce em ritmo forte no Brasil, penalizam principalmente o cidadão comum.
“O maior problema hoje dos assalariados e das pessoas com poder aquisitivo menor é exatamente a inflação – e a gente já tinha superado isso -, mas os juros também penalizam muito, porque o governo estimulou as pessoas a consumirem e a terem muitas dívidas. Existem programas hoje, o próprio Minha Casa Minha Vida, em que há não só a prestação da casa como também financiamento de móveis, de itens da indústria branca. Todos foram incentivados a consumir e a tomar empréstimos, então quem está devendo hoje está com problemas, porque realmente os juros estão com tendência de alta”, destacou.
A análise de Izalci é corroborada por Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor-executivo de estudos da Anefac. Ouvido pela reportagem do G1, ele afirmou que o atual cenário indica que a alta dos juros deve seguir nos próximos meses. “As perspectivas para os próximos meses não são animadoras, tendo em vista o cenário econômico atual, que aumenta o risco de elevação dos índices de inadimplência. A tendência é de que as taxas de juros das operações de crédito voltem a ser elevadas nos próximos meses”, disse. O levantamento da instituição aponta, ainda, que a taxa média dos juros para pessoas jurídicas também cresceu entre março e abril, passando de 4,50% para 4,58% ao mês. Trata-se do mais alto valor registrado desde fevereiro de 2005. Para Izalci, o quadro só será revertido com a troca do governo.
“A expectativa que existe para melhorar essa situação é a saída do governo”, resumiu o tucano.