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Crise social: mais de cem mil trabalhadores devem perder empregos em obras de infraestrutura

DS_Construcao_Civil_Foto_Denio_Simoes_29072015_004Brasília (DF) – A crise econômica e social patrocinada pela gestão da presidente Dilma Rousseff faz cada vez mais vítimas no mercado de trabalho. Segundo estimativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), mais de cem mil trabalhadores devem perder seus empregos em obras de infraestrutura até o final do ano. Somente de janeiro a setembro, foram 79.131 demissões. As informações são de reportagem de domingo (1/11) do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o número total de demissões chega a 222.711 quando se incluem na conta a construção de edifícios. Para especialistas, o setor está em crise e as perspectivas não são boas, já que não existem novos ciclos de investimento à vista e as grandes obras estão andando em ritmo mais lento.

Na hidrelétrica de Belo Monte (Pará), por exemplo, só em agosto foram 1.749 demissões. Segundo um cronograma enviado ao Ministério Público do Trabalho (MPT) pelo consórcio construtor da usina, serão mais 12 mil demissões de outubro a fevereiro do ano que vem. Em Pernambuco, cerca de 40 mil trabalhadores perderam o emprego com a paralisação das obras na refinaria Abreu e Lima, por conta do bloqueio de alguns recursos da Petrobras pela Operação Lava-Jato.

Para o deputado federal Nilson Pinto (PSDB-PA), o problema da demissão em massa de trabalhadores após o término de grandes obras nunca foi discutido adequadamente pelo governo. “Cada vez que a União inicia um projeto desse tipo, nós alertamos para o problema que vai acontecer invariavelmente”, afirmou.

“Levas e levas de trabalhadores são levadas para a região, e lá desenvolvem o seu trabalho. Passados alguns anos, quando o projeto chega ao final, há naturalmente o processo de desemprego. Muitos ficam na região, muitos não tem escolaridade para conseguir um emprego melhor e se juntam à leva de desvalidos, de pessoas que tem uma dificuldade enorme e que acabam sendo ajudadas pela assistência social do próprio estado ou município onde se encontram, e a União não tem absolutamente nenhuma responsabilidade com isso. Esse é um drama”, avaliou.

  • Reportagem do portal do PSDB nacional que você confere na íntegra clicando AQUI
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