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Críticas de vários setores a Dilma é fruto da má gestão, avalia Wandenkolk Gonçalves

Segundo o deputado, nem Lula e nem Dilma conseguiram fazer o dever de casa

Brasília – As evidências de que o governo Dilma Rousseff vai mal surgem a cada dia. A constatação foi feita nesta segunda-feira (14) pelo deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) ao avaliar o descontentamento de diversos setores com a condução do país pela petista. Ainda neste mês o ex-presidente Lula fará reunião com a sucessora para levar a ela críticas de empresários, políticos e movimentos sociais. O diagnóstico generalizado é o de que a administração federal está travada e com problemas de gestão. 

Exemplos não faltam. O intervencionismo da União na economia é um dos principais fatores para o afastamento de investimentos de grandes gestores globais no Brasil. Eles estão procurando outros países, prejudicando o crescimento do país. O descumprimento generalizado de metas, programas e promessas e a péssima combinação de inflação alta e crescimento pífio causa ainda mais desconfiança entre investidores e gera entraves. Para Wandenkolk, o encontro de Dilma e Lula não vai gerar nenhum resultado prático.

“Essa reunião dos dois nada mais é do que uma articulação politiqueira visando o projeto político-eleitoral do próximo ano. Eles vão buscar criar um factoide para tentar enganar a nação, mas o povo já está consciente desses desmandos administrativos”, alerta o deputado.

O tucano afirma que os problemas enfrentados hoje tiveram início durante a gestão petista iniciada há dez anos. “No governo Lula não foi feito nada. Ele aproveitou para surfar na onda das políticas públicas e da herança bendita deixadas pela gestão Fernando Henrique”, destacou.

Segundo o deputado, nem Lula e nem Dilma conseguiram fazer o dever de casa. Os números e a insatisfação dos diversos setores comprovam isso. Os fundos de investimento estrangeiros estão trocando o Brasil por outros mercados emergentes por culpa dos impostos altos e da interferência do governo na economia. Segundo dados da consultoria EPFR, especializada em fluxos de investimento, o percentual do portfólio de fundos de ações especializados em mercados emergentes investido no Brasil caiu de 16,7% no fim de 2009 para 11,6% em novembro, o patamar mais baixo desde 2005.

O estratégico setor educacional registra um dos exemplos mais clássicos da incompetência gerencial: das seis mil creches prometidas por Dilma na campanha de 2010, apenas sete unidades haviam sido entregues até dezembro. Ou seja, metade do mandato se foi e menos de 1% da meta foi cumprida.

Outra iniciativa lançada com pompa pela gestão petista também patina: o Plano Nacional de Banda Larga atendeu só 1,2 milhão de pessoas em um ano, um terço do esperado. A meta é chegar a 2014 com 40 milhões de lares conectados à internet com velocidade mínima de 1 MB. Hoje, segundo dados do IBGE, somente 36,5% das residenciais do país têm algum tipo de conexão à rede. O PNBL deveria, ao menos, estar crescendo três vezes mais.

Diante de todo esse cenário, Wandenkolk acredita que o máximo a ser discutido na reunião entre Lula e Dilma é como tentar manter em alta a popularidade da presidente um ano antes das eleições. “Qual é a condição intelectual e moral de chegar para enquadrar a presidente Dilma, já que ele é o grande responsável por todos esses desmandos administrativos que acontecem hoje no Brasil?”, questionou.

Do Portal do PSDB na Câmara

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